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Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2013 às 14h15.
Munique - A situação na Síria, a questão nuclear iraniana e o Mali serão os principais temas discutidos na 49º Conferência sobre a Segurança, aberta nesta sexta-feira em Munique na presença de vários líderes mundiais.
O vice-presidente americano Joe Biden, os ministros das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, do Irã, Ali Akbar Salehi, e da Alemanha, Guido Westerwelle, estão entre as personalidades já confirmadas. O representante da ONU e da Liga Árabe para a Síria, o argelino Lakhdar Brahimi, deverá discursar nesta noite ao lado do líder da coalizão de oposição síria, Ahmed Moaz al-Khatib.
Considerada a "Davos da segurança", a conferência de Munique confronta os vários pontos de vista nas mesas redondas sobre assuntos geoestratégicos e recebe muitas negociações bilaterais.
Em seu discurso de abertura, o ministro alemão da Defesa, Thomas de Maizière, pediu um reforço na relação euro-americana na Otan, mas também uma cooperação mais estreita entre os países europeus.
"Desejamos que a França desempenhe um papel mais importante dentro da Otan. E igualmente que a Grã-Bretanha desempenhe um papel mais importante em matéria de segurança dentro da UE", declarou.
A guerra na Síria e situação no Oriente Médio serão os temas mais discutidos em diferentes reuniões. No domingo, último dia de conferência, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, e o da Defesa israelense, Ehud Barak, vão participar de um encontro. À margem da conferência, o vice-presidente americano, que iniciou na manhã desta sexta-feira em Berlim um giro pela Europa, deve discutir o conflito sírio com Lavrov, Brahimi e al-Khatib.
A situação no Mali também será abordada, mesmo na ausência do ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, que cancelou sua visita a Munique para acompanhar no sábado o presidente François Hollande em Bamaco.
Além desses temas urgentes, a ascensão como potências da China, Índia e Brasil, a cibersegurança e a questão energética também irão reunir líderes políticos, militares e universitários de vários países e representantes de organizações internacionais.