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Conflitos impedem luta contra fome no Oriente Médio, diz ONU

Segundo a FAO, os conflitos e a instabilidade bloqueiam a luta contra a fome na região, onde a desnutrição é crescente

Crianças sírias curdas são vistas no campo de refugiados de Domiz, Iraque (Safin Hamed/AFP)

Crianças sírias curdas são vistas no campo de refugiados de Domiz, Iraque (Safin Hamed/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2015 às 22h55.

Beirute - Os conflitos e a instabilidade bloqueiam a luta contra a fome no Oriente Médio, onde a desnutrição é crescente, denunciou nesta quarta-feira a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Esta é a única região do mundo onde a fome aumenta, destacou a FAO ao apresentar um relatório sobre a evolução nas diversas regiões em relação aos objetivos do Milênio para o Desenvolvimento (OMD) fixados pela ONU.

"Os conflitos e as crises prolongadas no Iraque, Sudão, Síria e Iêmen, assim como na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, tornam a região Oriente Médio-África do Norte a única com um aumento da subnutrição", assinala o documento.

"Os conflitos e a crise prolongados são os principais fatores de insegurança alimentar na região", afirmou o subdiretor da FAO Abdesalam Uld Ahmed, encarregado do Oriente Médio.

Segundo a FAO, 33 milhões de pessoas sofrem de desnutrição crônica na região, o que equivale a 7,5% da população, contra 6,6% em 1990.

Apesar de considerar o número "inaceitável", Ahmed destacou que 15 dos 19 países da região atingiram os objetivos do Milênio, reduzindo à metade o número de pessoas subnutridas ou mantendo uma taxa de 5%.

Mas a FAO alerta para a situação dos países em guerra, onde a ameaça da fome é crescente, com 9,8 milhões de pessoas necessitando de ajuda alimentar apenas na Síria.

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