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Da Redação
Publicado em 16 de março de 2012 às 17h22.
Washington - O presidente americano, Barack Obama, e seu colega afegão, Hamid Karzai, reafirmaram nesta sexta-feira, em conversa por telefone, o objetivo de retirar as forças internacionais do Afeganistão no fim de 2014, anunciou a Casa Branca.
Na quinta-feira, Karzai havia indicado em um comunicado que Cabul planejava assumir a partir de 2013 a segurança no país, substituindo as forças da Otan (Isaf), e não no fim de 2014, como estava previsto até agora.
Mas, segundo um comunicado da Casa Branca, os dois presidentes reafirmaram que "as forças afegãs concluirão o processo de transição e assumirão a total responsabilidade pela segurança no conjunto do país no final de 2014".
A Casa Branca enfatiza que, a partir de 2013, "a direção das operações de combate passará progressivamente para as forças afegãs" e que as forças americanas terão um papel de apoio.
Menos de uma semana depois do massacre de 16 civis pelas mãos de um soldado americano, os dois aceitaram "discutir antes as inquietações formuladas pelo presidente Karzai sobre a presença das tropas estrangeiras em povoados afegãos".
O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, informou à imprensa que os dois chefes de Estado tinham evocado "a preocupação de longa data de Karzai pelas incursões noturnas e a revista de casas".
Eles se comprometeram a concluir as negociações para um acordo que atenda a estas inquietações, acrescentou Carney, destacando que os dois presidentes estavam em sintomia com relação ao processo de transição no Afeganistão.
Karzai solicitou na quinta-feira que as forças internacionais, dois terços dos quais são de militares americanos, "sejam retiradas dos povoados afegãos e reposicionadas nas bases" principais.
Obama afirmou que receberá Karzai em maio, em Chicago, dentro da cúpula da Otan, que deve definir o processo de transição no Afeganistão.
Após receber, na quinta-feira, ao secretário de Defesa americano, Leon Panetta, Karzai declarou: "Estamos preparados para assumir toda a segurança. Preferiríamos que este processo terminasse em 2013 e não em 2014".