O índice de confiança do consumidor do Conference Board caiu para 39,8 em outubro, ante a leitura de setembro, que ficou em 46,4 (John Zich/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2011 às 15h10.
Nova York - A confiança do consumidor dos Estados Unidos teve uma inesperada queda em outubro, caindo ao nível mais baixo em dois anos e meio, enquanto os preços da habitação ficaram inalterados em patamares fracos em agosto, mostraram dados divulgados nesta terça-feira.
Dados sobre o mercado de trabalho e produção industrial, que vieram mais fortes que o esperado nas últimas semanas, haviam diminuído temores de que a economia poderia voltar à recessão, com a maioria esperando um ritmo lento de crescimento que deve evitar a contração. Mas a queda surpreendente da confiança do consumidor sugere que a melhoria no crescimento econômico no terceiro trimestre pode não ser sustentável.
O índice de confiança do consumidor do Conference Board caiu para 39,8 em outubro, ante a leitura de setembro, que ficou em 46,4. Analistas esperavam uma leitura de 46,0. Foi o nível mais baixo desde março de 2009, conforme os consumidores se preocuparam com as perspectivas de emprego e renda.
O indicador de expectativas também esteve em menor patamar desde março de 2009, pouco antes de a economia oficialmente ser arrastada para uma recessão.
O componente de preços de casas do índice S&P/Case Shiller em 20 áreas metropolitanas ficou estável na comparação com o mês anterior, numa base ajustada sazonalmente, frustrando expectativas de um ganho de 0,1 por cento.
Analistas disseram que os dados de casas mais fracos que o esperado foram decepcionantes, mas não totalmente chocantes, uma vez que o mercado se esforça para sair de um grande estoque de imóveis não vendidos e execuções de hipotecas em curso que estão mantendo os preços em patamares baixos.
Embora os preços devam se manter deprimidos por algum tempo, quaisquer novas quedas deverão ser modestas.
Analistas estão esperando obter a confirmação de que a economia dos Estados Unidos cresceu no terceiro trimestre, mas em ritmo lento. Espera-se que a leitura preliminar mostre que a economia teve expansão a uma taxa anual de 2,5 por cento, após um fraco primeiro semestre do ano, de acordo com uma pesquisa da Reuters com economistas.
A queda de outubro na confiança do consumidor, no entanto, sugeriu que qualquer melhora no crescimento econômico no terceiro trimestre pode não ser sustentável.