O presidente sírio, Bashar al-Assad: "quem permitiu que isso ocorresse não pode continuar à frente de um país, isso não pode ser aceito", disse o premiê da Turquia (AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2014 às 06h05.
Tóquio - A Conferência de Paz sobre a Síria, que será promovida este mês na Suíça pela Organização das Nações Unidas (ONU), deverá servir para retirar do poder o presidente Bashar Al Assad devido à sua responsabilidade em milhares de mortes, disse hoje (7) em Tóquio o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, durante visita oficial ao Japão.
"Foram mortas 130 mil pessoas. Quem permitiu que isso ocorresse não pode continuar à frente de um país, isso não pode ser aceito", acrescentou o primeiro-ministro, durante conferência organizada pelo diário econômico Nikkei.
A Conferência Genebra 2 deverá começar em Montreux (Suíça) em 22 de janeiro, sob a presidência do secretário-geral das Naçções Unidas, Ban Ki-moon, e contar com a participação de representantes de mais de 20 países, continuando em 24 de janeiro entre as delegações sírias, com a presença do mediador internacional Lakhdar Brahimi.
Ban Ki-moon enviou nessa segunda-feira os primeiros convites, mas o Irã não figura na primeira lista de convidados que, segundo a ONU, foi definida em 20 de dezembro durante reunião em Genebra entre Brahimi e representantes da Rússia e dos Estados Unidos. A lista inclui 26 países, entre eles as principais potências internacionais e regionais, como a Arábia Saudita, que apoia a oposição síria.
O chefe da diplomacia japonesa Fumio Kishida, que esteve em novembro no Irã, país que tem boa relação com o Japão, também deverá estar presente. Na sexta-feira (3), o Conselho Nacional Sírio, o grupo mais importante da oposição, reafirmou que não iria participar da conferência de 22 de janeiro.
A Coligação Nacional Síria, que reelegeu no domingo o líder Ahmed Jarba, ainda vai decidir sua participação durante reunião em Istambul. Com informações da Agência Lusa.