Resgate de passageiros: ferry sofreu incêndio na costa da Albânia, quando fazia o trajeto entre o porto grego de Patras e o italiano de Ancona (Yara Nardi/Reuters)
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2014 às 11h55.
Roma - As condições adversas nas águas do mar Adriático estão impedindo a transferência para a Itália do ferry 'Norman Atlantic', que sofreu um incêndio no domingo, que com isso será levado para o porto albanês de Vlore, informou nesta quarta-feira o promotor de Bari, Giuseppe Volpe.
'Os destroços da embarcação foram amarrados a rebocadores, mas o as condições meteorológicas não permitiram a mudança para Apúlia (no sul da Itália). Com isso, será levado para Vlore', afirmou Volpe, em entrevista coletiva.
O ferry sofreu incêndio na costa da Albânia, quando fazia o trajeto entre o porto grego de Patras e o italiano de Ancona. Com o desastre, 11 pessoas acabaram morrendo.
Após resgate que durou 36 horas, dificultado pela ocorrência de fortes ondas, os destroços da embarcação permaneceram à deriva, a cerca de oito milhas (13 quilômetros) da costa albanesa.
A promotoria de Bari entrou em acordo com as autoridades do país do Leste Europeu, para que as partes que restaram do ferry não fossem recolhidas, e que posteriormente fossem levadas para a Itália, onde acontecerá a investigação do incêndio.
Volpe garantiu que os destroços serão rebocados assim que as condições climáticas estiverem melhores, o que pode acontecer ainda nesta quarta-feira. A viagem levará entre dez a 12 horas, de acordo com o planejamento dos coordenadores da operação.
Até agora, os responsáveis pela investigação do acidente interrogaram o comandante do ferry, Argilio Giacomazzi. Uma das principais incógnitas é sobre o número exato de pessoas que estavam na embarcação.
Segundo números que a promotoria teve acesso, a lista oficial continha o nome de 478 passageiros, mas além disso, foram identificados três clandestinos - dois afegãos e um sírio. A princípio, a estimativa é que 499 pessoas estavam na embarcação.