Desde o início do ano, os EUA realizaram cinco execuções (Divulgação/Departamento de Correções da Carolina do Sul)
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Publicado em 6 de março de 2025 às 18h12.
Os Estados Unidos realizarão sua primeira execução por um pelotão de fuzilamento desde 2010 nesta sexta-feira, 7. O condenado, Brad Sigmon, de 67 anos, foi sentenciado à pena de morte por matar os pais de sua ex-namorada com um taco de beisebol em 2001. A execução ocorrerá na Carolina do Sul, estado que retomou essa forma de punição após dificuldades na obtenção de substâncias para a injeção letal.
Desde que a pena de morte foi restabelecida nos EUA, em 1976, apenas três execuções por fuzilamento foram realizadas, todas no estado de Utah, em 1977, 1996 e 2010. Sigmon será o primeiro prisioneiro a ser executado dessa forma na Carolina do Sul.
Sigmon foi condenado em 2002 por invadir a casa dos pais de sua ex-namorada e espancá-los até a morte. Segundo a investigação, ele atacou as vítimas repetidamente com um taco de beisebol enquanto elas estavam em quartos separados. Após os assassinatos, sequestrou sua ex-companheira sob a mira de uma arma, mas ela conseguiu escapar. Ao tentar atirar nela durante a fuga, errou os disparos.
Em sua confissão, Sigmon justificou a tentativa de homicídio da ex-namorada dizendo: "Eu não poderia tê-la. Eu não ia deixar ninguém mais tê-la".
O condenado será amarrado a uma cadeira de metal dentro da câmara de execução, onde o estado já realizou dezenas de sentenças de morte por injeção letal ou cadeira elétrica desde 1985. De acordo com o protocolo, Sigmon terá a cabeça coberta por um capuz e um alvo posicionado sobre seu coração.
Três oficiais do Departamento de Correções, posicionados a 4,5 metros de distância, farão os disparos. Jornalistas, advogados e familiares das vítimas assistirão à execução por trás de um vidro à prova de balas.
A Carolina do Sul permite que os condenados escolham entre fuzilamento, injeção letal ou cadeira elétrica. Segundo o advogado de Sigmon, Gerald "Bo" King, seu cliente enfrentava uma "escolha impossível". "Se não escolhesse o fuzilamento, morreria na cadeira elétrica, onde poderia ser cozinhado vivo", afirmou King à NBC News.
Desde o início do ano, os EUA realizaram cinco execuções, quatro por injeção letal e uma por inalação de azoto, método usado pela primeira vez no Alabama, em fevereiro.