Ex-premiê italiano Silvio Berlusconi: político nega todas as acusações e diz ser vítima de perseguição por parte de magistrados de esquerda (Alessandro Bianchi/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2013 às 08h47.
Roma - O governo de coalizão da Itália não será atingido pela decisão de uma corte de apelações de manter uma pena de prisão de quatro anos contra o ex-premiê Silvio Berlusconi por fraude fiscal, disse nesta quinta-feira um ministro próximo do líder de centro-direita.
O ministro dos Transportes, Maurizio Lupi, membro do partido de Berlusconi, disse que a coalizão formada pela centro-direita e a centro-esquerda vai ser avaliada por seu desempenho, e não pelas batalhas judiciais de Berlusconi.
"Uma sentença injusta não vai fazer o governo balançar", disse Lupi durante um programa de rádio matinal.
Berlusconi, chefe do Partido Povo da Liberdade (PDL), de centro-direita, não é um membro da coalizão liderada pelo primeiro-ministro Enrico Letta, de centro-esquerda, mas tem força para derrubar o governo.
Berlusconi nega todas as acusações contra ele e diz ser vítima de perseguição por parte de magistrados de esquerda.
O ex-premiê, de 76 anos, foi condenado por acusação de fraude fiscal no caso envolvendo a compra de direitos de transmissão por sua rede de televisão Mediaset. A decisão do tribunal de apelações também impede Berlusconi de ocupar cargos públicos por cinco anos.
As ações da Mediaset caíam 3,2 por cento na abertura do mercado nesta quinta-feira.
As duas sentenças não são definitivas, já que ainda falta o julgamento por parte de uma corte superior.