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Condenação à morte é 'honra', diz vice-presidente do Iraque

''É uma prova da minha inocência. É o preço que querem que pague pelo meu amor ao meu país'', disse Hashemi em entrevista coletiva


	Hashemi fala com a imprensa após veredicto: Hashemi se declarou inocente e acrescentou que estava disposto a enfrentar um julgamento
 (©AFP / Adem Altan)

Hashemi fala com a imprensa após veredicto: Hashemi se declarou inocente e acrescentou que estava disposto a enfrentar um julgamento (©AFP / Adem Altan)

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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2012 às 20h33.

Ancara - O exilado vice-presidente iraquiano, Tareq al Hashemi, reafirmou nesta segunda-feira sua inocência e disse que foi uma ''honra'' ter sido condenado à morte neste domingo pela justiça iraquiana.

''É uma prova da minha inocência. É o preço que querem que pague pelo meu amor ao meu país'', disse Hashemi em entrevista coletiva na Turquia, onde está exilado desde abril.

Após um julgamento realizado sem a sua presença, Hashemi foi considerado culpado pelo assassinato de uma advogada e um general e o Tribunal de Bagdá o sentenciou à morte.

Hashemi se declarou inocente e acrescentou que estava disposto a enfrentar um julgamento, desde que de maneira imparcial. O vice-presidente, no entanto, alegou que a justiça do Iraque está sob domínio de seu rival político, o primeiro-ministro Nouri al-Maliki.

O exilado afirmou que foi nomeado graças ao apoio que sua formação, o Partido Islâmico Iraquiano, recebeu dos eleitores, e que não deve seu cargo ao primeiro-ministro. Apesar da situação, Hashemi fez um apelo contra a violência.

''Os que me querem não devem recorrer às armas. Um dia serão aplicadas as reformas que desejamos. O governo é injusto com seu povo e Maliki se transformou no símbolo da opressão do Iraque'', atacou.

Além disso, o político pediu que a comunidade internacional e a ONU se preocupem pelos milhares de iraquianos presos, mas disse que as nações vizinhas não deveriam interferir nos assuntos internos de seu país.

Hashemi esclareceu que a sentença de morte pronunciada em Bagdá não impedirá que ele continue seu trabalho como vice-presidente do Iraque, posto para o qual foi escolhido pelo Parlamento e do qual ainda não foi formalmente destituído.

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