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Companhias de cruzeiros mudam trajetos devido ao ebola

Diversas linhas de cruzerios cancelaram pontos de parada na África Ocidental


	Médicos da Cruz Vermelha removem o corpo de uma vítima do ebola de uma casa
 (Pascal Guyot/AFP)

Médicos da Cruz Vermelha removem o corpo de uma vítima do ebola de uma casa (Pascal Guyot/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2014 às 20h58.

Nova York - Diversas linhas de cruzeiros mudaram seus itinerários devido a preocupações em relação à contaminação pelo ebola. Elas cancelaram pontos de parada na África Ocidental.

A companhia Holland America vai substituir três portos em Gana, Gâmbia e Senegal na linha de cruzeiro que vai de Cape Town, na África do Sul, para Southampton, na Inglaterra.

O site Cruise Critic informou que as companhias Regent Seven Seas, Seabourn e Fred Olsen também cancelaram itinerários para evitar áreas que podem ser potencialmente afetadas.

Os países mais atingidos pelo ebola são Libéria, Guiné e Serra Leoa, porém o Senegal, que tem um caso da doença detectado, faz fronteira com a Guiné.

Equipes de linhas aéreas e agentes de fronteiras estão atentos a passageiros doentes. Em reunião na Casa Branca, autoridades discutiram potenciais opções para vistoria de pessoas que chegarem aos EUA.

O presidente americano, Barack Obama, afirmou que o país vai "trabalhar em protocolos para realizar verificações adicionais de passageiros tanto nos países de origem (do surto de ebola) quanto nos EUA". Ele não informou mais detalhes.

Pessoas que deixam as zonas contaminadas são examinadas para verificar se têm febre antes de serem autorizadas a entrarem em aviões, mas o período de incubação do vírus é de 21 dias e os sintomas podem aparecer depois.

Autoridades de saúde americanas defendem que a proibição de viagens iria piorar a situação nos países mais atingidos. O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, afirmou que essa não é uma opção sendo considerada.

Os EUA não proibiram voos ou impuseram medidas extras de monitoramento durante o surto de síndrome respiratória aguda grave ou a pandemia de gripe suína em 2009.

Ambas as doenças se transmitem mais facilmente que o ebola, cujo contágio acontece por meio de contato com fluidos corporais.

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