Airbus A320 da Germanwings decola: se estuda a adoção desta norma de forma praticamente imediata (Jan Seba/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de março de 2015 às 07h22.
Berlim - As grandes companhias aéreas alemãs se propõem a estabelecer a norma que sempre haja duas pessoas na cabine de pilotagem, após a tragédia do Airbus de Germanwings, provocada depois que o copiloto se trancou nela e aparentemente jogou o avião de forma proposital contra os Alpes franceses.
Segundo informações da Federação de Tráfego Aéreo, se estuda a adoção desta norma de forma praticamente imediata, o que implicaria em que, caso o capitão ou seu copiloto deixem a cabine de comando, deveria entrar em seu lugar um dos auxiliares de voo.
Esta norma já é aplicada de forma regular em voos intercontinentais ou em outras regiões do mundo, mas não de forma generalizada no espaço aéreo europeu.
Ontem mesmo, várias companhias aéreas, como as de baixo custo Easyjet e Norwegian Air, que realizam voos entre Espanha e Alemanha, como a Germanwings, se mostraram dispostas a aplicar a medida das duas pessoas na cabine de comando.
Por parte da Lufthansa, a matriz da Germanwings, seu presidente, Carsten Spohr, declarou em uma entrevista à emissora pública "ARD" que sua companhia "analisará" qualquer medida que "contribua para melhorar a segurança de seus voos".
Spohr insistiu em qualificar o incidente como um "caso isolado e extremo" entre o conjunto de seus pilotos, cuja formação é considerada uma das mais rigorosas do mundo.