O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela: Comitê Nobel norueguês mostrou sua "profunda gratidão" a Mandela (Alexander Joe/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 08h07.
Copenhague - O Comitê Nobel norueguês lamentou nesta sexta-feira a morte do ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, que é considerado "um dos maiores nomes na longa história do Prêmio Nobel da Paz".
Em 1993, Mandela compartilhou o prêmio, que todos os anos é outorgado pelo Comitê Nobel norueguês, com o último presidente do "apartheid", Frederick de Klerk, por contribuir com o fim do regime racista.
Em comunicado divulgado hoje, o organismo mostrou sua "profunda gratidão" a Mandela, que morreu na quinta-feira aos 95 anos, por sua "histórica contribuição à realização dos elevados ideais da vontade de Alfred Nobel".
"Ambos mostraram grande integridade pessoal e coragem política elegendo o caminho da negociação e da reconciliação. A maior parte do crédito é sem dúvida para Nelson Mandela, que após 27 anos na prisão decidiu se concentrar nas possibilidades do futuro ao invés dos horrores do passado", destacou o comitê em comunicado.
Em sua qualidade de presidente da "nova África do Sul, Mandela "mostrou o caminho para os direitos humanos e a democracia, apelando a várias gerações de todo o mundo".
"Seu trabalho apresenta uma mensagem também hoje em dia a todos aos que têm responsabilidade em conflitos aparentemente sem solução: inclusive os conflitos mais amargos podem ser solucionados por meios pacíficos", ressaltou o comunicado.
O Centro do Nobel da Paz em Oslo habilitou uma sala para que que os que desejem possam expressar por escrito suas condolências pela morte de Mandela.