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Comissão Europeia diz que lista negra da Rússia é arbitrária

A CE alegou que não tem informação alguma sobre a base legal, os critérios e o processo da inclusão das pessoas afetadas


	Chanceler russo Sergei Lavrov: ressaltou que a relação inclui apenas os que "apoiaram ativamente o golpe de Estado na Ucrânia"
 (Alexander Nemenov/AFP)

Chanceler russo Sergei Lavrov: ressaltou que a relação inclui apenas os que "apoiaram ativamente o golpe de Estado na Ucrânia" (Alexander Nemenov/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2015 às 11h49.

Bruxelas - A Comissão Europeia (CE) afirmou nesta segunda-feira que a lista negra de políticos e cidadãos europeus proibidos de entrar na Rússia é "totalmente arbitrária e injustificada" e disse estar em contato com os países afetados.

A porta-voz comunitária das Relações Exteriores Maja Kocijancic mencionou que "houve alguns contatos" nos últimos dias desde que foi divulgada a lista de 89 pessoas vetadas por Moscou em represália às sanções impostas pela União Europeia (UE) à anexação ilegal da Crimeia e à intervenção no leste da Ucrânia.

No entanto, Kocijancic não pôde detalhar se houve conversas com o embaixador russo para a UE ou com o próprio ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov,  que negou hoje que a lista negra de cidadãos da UE seja arbitrária e ressaltou que a relação inclui apenas os que "apoiaram ativamente o golpe de Estado na Ucrânia".

"Mantemos contato com os Estados-membros afetados", informou a porta-voz comunitária.

A lista negra russa inclui 89 políticos e representantes comunitários, entre eles deputados europeus, coordenadores dos serviços secretos das três repúblicas bálticas e militares de alta patente de Alemanha, Reino Unido e Polônia.

A CE alegou que não tem informação alguma sobre a base legal, os critérios e o processo da inclusão das pessoas afetadas e denunciou a falta de transparência de Moscou, que só decidiu entregar a lista às embaixadas há alguns dias, conforme disse na sexta-feira o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte.

A divulgação só foi feita após negar a entrada na fronteira russa para vários políticos da UE, apesar destes terem verificado previamente os termos de entrada no país.

A UE e os Estados-membros exigiram explicações de Moscou sobre o conteúdo e o processo de inclusão das pessoas nesta lista, na qual estão vários membros do parlamento europeu, como ex-primeiro-ministro belga, Guy Verhofstadt, e um dos 14 vice-presidentes do parlamento, Ramón Luis Valcárcel.

Também figuram na lista o atual secretário-geral do Conselho da UE, Uwe Corsepius, e o presidente do Comitê Econômico e Social Europeu, Henri Malosse.

Além disso, foram vetados o ex-vice-primeiro-ministro britânico Nick Clegg; o ex-deputado francês Daniel Cohn-Bendit; o escritor e filósofo francês Bernard-Henry Levy; o ex-parlamentar europeu José Ignacio Salafranca; o ex-ministro de Defesa britânico Malcolm Rifkind, e o vice-ministro de Justiça da Polônia, Robert Kupiecki, entre outros. 

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