1º lugar: China (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2013 às 12h28.
Bruxelas - A Comissão Europeia abriu uma investigação neste sábado devido às alegações da indústria de que os fabricantes chineses de vidro solar estão se beneficiando de subsídios ilegais, abrindo outra questão contra seu segundo maior parceiro comercial.
A investigação se segue à uma queixa da representação comercial da União Europeia, a ProSun Glass, que diz que o vidro chinês vendido na UE com preços abaixo do custo está prejudicando a indústria de vidro solar do bloco.
O mercado, avaliado em menos de 200 milhões de euros (260,54 milhões de euros), é pequeno, em comparação com o total de importações da UE provenientes da China, que chegaram a 293 bilhões de euros em 2011, de acordo com os dados da Comissão, fazendo com que a UE seja o maior parceiro comercial da China.
O bloco também está investigando seu maior caso comercial até hoje, o suposto dumping e subsídios de 21 bilhões de euros por ano de painéis solares e de outros componentes que a China exporta para a UE. A China avisou que pretende retaliar.
Em um comunicado, a Comissão, o braço executivo da UE, disse que a mais recente investigação sobre subsídios era uma "investigação independente", sem ligação direta com a investigação dos painéis solares e que pode durar até 13 meses, embora o bloco de 27 países possa impor taxas anti-subsídios daqui a nove meses, caso decida que elas são necessárias.
A indústria solar, dominada por fabricantes alemães como SolarWorld, diz que não pode competir quando a China está produzindo mais componentes do que toda a demanda mundial.
A ProSUN Glass, da UE, disse que seus pares chineses têm uma capacidade de produção de 400 milhões de metros quadrados, o dobro da demanda total global, e que a indústria da UE tem sido forçada a destruir parte do vidro que produz. (1 dólar = 0,7676 euros).