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Comissão confirma vitória de Moon nas eleições sul-coreanas

Com 100% dos votos apurados, Moon atingiu 41,1% dos sufrágios, frente ao 24,03% do conservador Hong Yoon-pyo

Moon Jae-in: estas eleições presidenciais registraram a maior participação em duas décadas (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

Moon Jae-in: estas eleições presidenciais registraram a maior participação em duas décadas (Kim Kyung-Hoon/Reuters)

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EFE

Publicado em 9 de maio de 2017 às 22h14.

Seul - O liberal Moon Jae-in venceu as eleições presidenciais encerradas ontem na Coreia do Sul, segundo confirmou nesta quarta-feira (data local) a Comissão Eleitoral Nacional (NEC).

Com 100% dos votos apurados, Moon atingiu 41,1% dos sufrágios, frente ao 24,03% de seu perseguidor imediato, o conservador Hong Yoon-pyo, uma diferença de mais de 5,57 milhões de votos que marcam a maior vitória em um pleito presidencial desde que a Coreia do Sul começou a realizar eleições democráticas em 1987.

O centrista Ahn Cheol-soo, que no início da campanha era visto como o principal candidato para bater de frente com Moon, foi finalmente o terceiro candidato mais votado, com 21,4% dos votos.

Em quarto lugar aparece Yoo Seung-min (6,76%), do conservador Partido Bareun (uma cisão da legenda da presidente anterior, Park Geun-hye, após o escândalo da "Rasputina"), e em quinto a progressista Sim Sang-jeung (6,17%), do Partido da Justiça, a única mulher entre os 13 candidatos dos pleitos presidenciais sul-coreanos.

As eleições estiveram enormemente condicionadas pelo escândalo de corrupção da "Rasputina", que provocou a destituição de Park Geun-hye em março e forçou a antecipação para maio das eleições, previstas inicialmente para dezembro.

Estas eleições presidenciais registraram a maior participação em duas décadas, 77,2%, cifra que demonstra a indignação gerada por um escândalo que explodiu há pouco mais de seis meses e levou milhões de sul-coreanos às ruas para pedir a renúncia de Park.

A ex-presidente, que está em prisão preventiva, foi acusada de criar uma rede com sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como "Rasputina" por sua influência sobre a ex-presidente, que supostamente obteve milhões de dólares em subornos de grandes empresas.

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