Mundo

Comissão adia decisão sobre eleição contestada na Tailândia

Processo eleitoral foi prejudicado pelos protestos da oposição que impediram o funcionamento normal das sessões em quase um quarto do país


	Manifestantes anti-governo empunham bandeira da Tailândia: comparecimento eleitoral no domingo foi de 47,7 por cento dos 43 milhões de tailandeses aptos a votarem
 (REUTERS/Kerek Wongsa)

Manifestantes anti-governo empunham bandeira da Tailândia: comparecimento eleitoral no domingo foi de 47,7 por cento dos 43 milhões de tailandeses aptos a votarem (REUTERS/Kerek Wongsa)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2014 às 09h31.

Bangcoc - Autoridades eleitorais tailandesas tentaram na quinta-feira salvar o processo eleitoral do fim de semana, prejudicado pelos protestos da oposição que impediram o funcionamento normal das sessões em quase um quarto do país.

Os funcionários se reuniram por duas horas, mas suspenderam a reunião sem obter avanços, alegando que "questões jurídicas" precisam ser esclarecidas. Uma nova sessão foi marcada para sexta-feira.

A realização da eleição de domingo foi contestada pelo Partido Democrata, o principal da oposição, que boicotou o pleito. Além disso, a Comissão Eleitoral investiga possíveis irregularidades durante a campanha, que transcorreu em meio a uma prolongada crise política no país.

Se não for anulada, a eleição provavelmente reconduzirá a primeira-ministra Yingluck Shinawatra ao seu cargo. Mas, seja qual for o resultado, ela não irá alterar o status quo disfuncional, após oito anos de polarização e tumulto.

A confiança dos consumidores, que reflete a posição da população quanto ao futuro econômico, as oportunidades de emprego e a renda, chegou em janeiro ao seu menor nível em 26 meses, segundo uma pesquisa divulgada na quinta-feira por uma universidade.

O comparecimento eleitoral no domingo foi de 47,7 por cento dos 43 milhões de tailandeses aptos a votarem, segundo a comissão. O dado exclui o eleitorado de nove províncias onde não foi possível realizar a votação.

O processo foi conturbado em 18 por cento das zonas eleitorais (69 de 375), afetando 18 das 77 províncias.

Protestos contra o governo ainda bloqueiam parte de Bangcoc, em mais um capítulo de uma disputa que já dura oito anos, contrapondo a classe média, a elite monarquista e os tailandeses do sul, a região mais próspera, aos partidários de Yingluck e do irmão dela, o ex-premiê Thaksin Shinawatra, os quais são majoritariamente pobres e se concentram no norte e nordeste da Tailândia.

Dez pessoas já morreram nos tumultos, mas o ambiente na capital é calmo desde a votação. O número de manifestantes nas ruas diminui, por enquanto, mas a oposição ainda pretende organizar novas manifestações, depois de atrair até 200 mil pessoas nas suas principais passeatas.

Os protestos estão tendo um forte impacto sobre a economia, em especial no setor do turismo.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaEleiçõesPolítica no BrasilProtestosTailândia

Mais de Mundo

'É engraçado que Biden não perdoou a si mesmo', diz Trump

Mais de 300 migrantes são detidos em 1º dia de operações sob mandato de Trump

Migrantes optam por pedir refúgio ao México após medidas drásticas de Trump

Guerra ou acordo comercial? Gestos de Trump indicam espaço para negociar com China, diz especialista