Cabul - A verificação dos 8,1 milhões de votos do segundo turno da eleição presidencial afegã começou nesta quinta-feira em Cabul.
A operação recebeu o apoio dos dois candidatos que disputam a presidência, Abdullah Abdullah e Ashraf Ghani, e deve durar de duas a três semanas, segundo o presidente da Comissão Eleitoral Independente, Ahmad Yusuf Nuristani.
"Prevemos formar uma centena de equipes para esta auditoria", disse Nuristani.
Nesta quinta-feira, a verificação começou com 30 equipes.
Depois da verificação das cédulas urna por urna, os candidatos terão 24 horas para fazer reclamações, que serão examinadas em 48 horas pela Comissão de Queixas (ECC).
"Espero que desta vez os dois candidatos aceitem os resultados, depois da auditoria geral", completou Nuristani, antes de informar que o país ainda aguarda a chegada de todos os observadores estrangeiros.
Um dia depois do anúncio dos resultados preliminares do segundo turno de 14 de junho, Abdullah denunciou a vantagem apresentada por Ashraf Ghani (56,4% dos votos).
A disputa entre Abdullah e Ghani provoca o temor de aumento de tensão entre os partidários dos dois candidatos.
Ghani, um pashtun, tem o apoio desta etnia majoritária no sul do país e Abdullah é respaldado pelos tajik do norte, apesar de seu pai ser pashtun.
A posse do novo presidente estava programada para 2 de agosto, mas será adiada por conta da verificação.
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1. 2. Iraque
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O quê: eleições parlamentares Quando: abril O atual primeiro-ministro, Nouri al-Maliki, está de olho em um terceiro mandato depois do Supremo Tribunal Federal iraquiano derrubar a lei que limitava os mandatos a dois. Maliki não tem a maioria das províncias depois das eleições regionais de 2013, o que o enfraquece. Por outro lado, os vários opositores podem decidir que mantê-lo no cargo é melhor do que uma mudança que aumentaria a instabilidade. O novo líder terá de enfrentar um
Iraque muito violento: desde 2008 a violência não era tão grande. Em 2013, foram quase 9 mil assassinatos.
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2. 8. Turquia
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O quê: eleições presidenciais Quando: agosto Após um 2013 marcado por violentos protestos, os turcos terão a sua primeira eleição direta para presidente da história. O atual primeiro-ministro, Recep Erdogan, alvo dos protestos, pode largar o seu cargo para concorrer. É que seu terceiro e legalmente último mandato acaba em 2015. Ele pode largar o trabalho no meio para tentar se perpetuar no poder de outra maneira. E, não por coincidência, seu partido fala em reformar a Constituição para dar mais poderes ao presidente.
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3. 10. Brasil
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O quê: eleições presidenciais
Quando: outubro
Dilma Rousseff não deve ter dificuldade para conseguir o seu segundo mandato. A grande discussão da oposição se limita a saber quem pode ser forte o bastante para prolongar a disputa até o segundo turno. Dilma deverá enfrentar, em junho, o teste de fogo da
Copa do Mundo (se algo der muito errado, as consequências para o governo são imprevisíveis). Além disso, mais uma onda de protestos em junho já está agendada há tempos no calendário dos manifestantes.
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4. Agora conheça o povo mais materialista do mundo
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