Equipe da ONU na Síria: inspetores começaram ontem a proteger os lugares em que operarão, especialmente "nas áreas periféricas" (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 3 de outubro de 2013 às 10h16.
Damasco - A equipe de especialistas internacionais encarregada de comprovar o arsenal químico do regime de Bashar al-Assad na Síria iniciou o trabalho, em parceria com as autoridades, para garantir sua segurança nos lugares que visitará e para planejar o desarmamento.
Os inspetores começaram ontem a proteger os lugares em que operarão, especialmente "nas áreas periféricas", informou um comunicado da ONU e da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) datado de quarta-feira, mas divulgado somente hoje.
A equipe também estuda os riscos de saúde e ambientais que poderia enfrentar. Em paralelo, se prepara para iniciar uma de suas tarefas mais imediatas, o desmantelamento das instalações de produção de armas químicas, que "deveria começar em breve", diz a nota.
O grupo investiga o volume das armas químicas armazenadas, assim como outras questões de longo prazo, para cumprir os prazos impostos pelo Conselho Executivo da OPAQ e o Conselho de Segurança da ONU.
Nas conversas com as autoridades, os analistas insistiram que o governo sírio é o responsável pelo cumprimento do calendário estipulado para verificar e destruir seu arsenal.
Eles também reforçaram sua disposição em proporcionar às autoridades sírias o apoio técnico necessário e destacaram que um sinal da vontade do regime para cumprir o acordo será fornecer a informação solicitada periodicamente.
Os inspetores chegaram a dois dias em Damasco, seguindo o plano estipulado pela comunidade internacional e ratificado pela ONU de destruir o arsenal sírio até o fim do primeiro semestre de 2014, após o acordo fechado "na última hora" por Estados Unidos e Rússia para evitar uma intervenção militar na Síria
A Convenção para a Destruição de Armas Químicas estabelece que seus Estados membros (a Síria assinará no próximo dia 14) são responsáveis pela segurança dos pesquisadores da OPAQ, e pelos custos da destruição do armamento.