Líder dos protestos antigovernistas na Tailândia, Suthep Thaugsuban: antigovernamentais rejeitam o pleito (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2013 às 08h44.
Bangcoc - Oito partidos tailandeses conseguiram registrar nesta segunda-feira seus candidatos para as eleições do próximo dia 2 de fevereiro, apesar do bloqueio de dezenas de manifestantes aos escritórios da Comissão Eleitoral, informaram meios de imprensa locais.
Entre as legendas que se registraram está o governamental Puea Thai, cuja lista é liderada pela primeira-ministra interina, Yingluck Shinawatra.
Representantes deste e de outros sete partidos entraram nas instalações do estádio de Bangcoc onde começou o registro eleitoral, depois de burlar a oposição de manifestantes concentrados no complexo protegido por vários policiais.
Os manifestantes, por outro lado, impediram a passagem de representantes de outros 14 partidos que apresentaram uma denúncia à delegacia de Polícia, segundo informou o grupo estatal de comunicação, "MCOT".
Os antigovernamentais se concentram desde ontem à noite na frente dos escritórios de registro eleitoral após protesto em rejeição ao Governo e às eleições.
O líder antigovernamental, Suthep Thaugsuban, pediu a seus seguidores para impedir o trabalho da Comissão Eleitoral e ameaçou sabotar as eleições se o Governo não suspender a votação até que suas demandas de reformas políticas tenham sido cumpridas.
"Se o Governo e a Comissão Eleitoral insistirem em fazer as eleições, estarão desafiando a vontade do povo", acrescentou Suthep ao final de uma manifestação que colapsou o centro da cidade.
Suthep disse à Comissão Eleitoral que ela será considerada como "inimiga do povo" se não impedir o pleito e advertiu que seus seguidores estão dispostos a prolongar os protestos.
O líder opositor ameaçou prolongar o bloqueio de Bangcoc até conseguir terminar com a influência na política do país do ex-primeiro-ministro, deposto em um golpe militar em 2006, Thaksin Shinawatra, irmão de Yingluck.
Os antigovernamentais rejeitam o pleito e exigem antes a formação de um conselho popular não eleito que reforme o sistema político, no entanto, não esclareceram como se elegeria este órgão nem que mudanças deveriam realizar.
O grupo apela para acabar com a corrupção e erradicar a influência de Thaksin, exilado desde 2008 em Dubai onde evita uma condenação por corrupção e, segundo seus críticos, comanda o Governo em favor de seus interesses.