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Começa quarta reunião de cardeais preparatória ao conclave

Pelo menos 110 dos 115 cardeais eleitores, ou seja, os que podem entrar na capela Sistina para escolher o próximo papa, estão participando da reunião

Cardeais chegam ao Vaticano para a quarta reunião pré-conclave que definirá novo papa (REUTERS/ Stefano Rellandini)

Cardeais chegam ao Vaticano para a quarta reunião pré-conclave que definirá novo papa (REUTERS/ Stefano Rellandini)

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Da Redação

Publicado em 6 de março de 2013 às 07h51.

Cidade do Vaticano - A quarta congregação de cardeais preparatória ao conclave que elegerá o sucessor de Bento XVI começou na manhã desta quarta-feira na Ala Nova do Sínodo, no Vaticano.

Pelo menos 110 dos 115 cardeais eleitores, ou seja, os que podem entrar na capela Sistina para escolher o próximo papa, estão participando da reunião. Nas últimas horas, alguns religiosos chegaram em Roma, número que será informado no final da sessão pelo porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.

Também participam da congregação os cardeais com mais de 80 anos, que não votam mas podem ser escolhidos papa e que não são obrigados a participar das reuniões preparatórias.

Após três dias de encontros, todos os olhares estão postos na data em que será fixado o começo do conclave.

Embora o cardeal decano, Angelo Sodano, tenha dito na carta convocatória para o conclave que este só seria estabelecido com a presença de todos os eleitores, Lombardi disse ontem que todos os cardeais só precisam estar em Roma na data definida para a votação.

O fato de hoje só ocorrer uma reunião, da mesma forma que ontem, demonstra, segundo Lombardi, que os cardeais desejam se aprofundar sobre a situação da Igreja e não têm pressa.


O cardeal alemão Walter Kasper, presidente emérito do Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos, disse em entrevista publicada hoje no jornal italiano 'La Repubblica' que esta etapa prévia ao conclave é um 'tempo para profunda reflexão'.

'A situação é diferente de 2005, quando foi eleito Joseph Ratzinger. Este conclave é preciso ser preparado com calma. Os cardeais quase não se conhecem. Não há pressa', afirmou.

O cardeal alemão acrescentou que a cúria vaticana tem que ser reformada e que 'além' do escândalo do Vatileaks (publicação de documentos que revelaram intrigas no pequeno estado), essa reforma é 'prioritária', já que 'falta diálogo interno, os dicastérios (ministérios) não se falam e não há comunicação'.

Após a congregação de hoje, que se prolongará durante a manhã, nesta tarde os cardeais se reunirão na basílica de São Pedro do Vaticano para rezar pela Igreja, 'em um momento muito importante'.

Nas congregações são tratados assuntos da Igreja prévios ao conclave, fixa-se sua data de início e também servem para que os cardeais se conheçam melhor, comentem a situação da Igreja e desenhem o perfil do próximo papa. EFE

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