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Começa na Tailândia julgamento dos "camisas vermelhas"

O processo por terrorismo dos dirigentes do movimento tailandês teve início nesta sexta-feira


	O líder dos "camisas vermelhas" Veera Musikapong (gravata mais clara) chega ao tribunal de Bangcoc: eles podem ser condenados à morte
 (Pairoj/AFP)

O líder dos "camisas vermelhas" Veera Musikapong (gravata mais clara) chega ao tribunal de Bangcoc: eles podem ser condenados à morte (Pairoj/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 13h02.

Bangcoc - Mais de dois anos depois da violenta dispersão das manifestações dos "camisas vermelhas" em Bangcoc, o processo por terrorismo dos dirigentes do movimento tailandês teve início nesta sexta-feira, em um julgamento de importantes conotações políticas.

Os 24 líderes "vermelhos", incluindo cinco parlamentares, podem, em tese, ser condenados à morte pelo papel nas manifestações que reuniram até 100.000 pessoas na capital.

Os militantes, que exigiam a queda do governo da época, só desistiram após uma brutal ofensiva do exército no centro da capital. A crise, a mais violenta na Tailândia moderna, deixou 90 mortos e 1.900 feridos.

A maioria eram leais ao ex-premier no exílio Thaksin Shinawatra, derrubado em 2006 por um golpe de Estado e que, do exterior, continua sendo a personalidade central do tabuleiro político nacional.

Desde então, o clã Thaksin venceu as eleições de 2011 e sua irmã Yingluck dirige o governo. Um dos dirigentes "vermelhos" acusados é vice-ministro.

Os líderes do movimento compareceram em liberdade à audiência, com exceção de três que permanecem detidos. Todos se declaram inocentes das acusações de "terrorismo" e "estímulo à violência".

O reino da Tailândia segue profundamente dividido entre os pró- anti-Thaksin, o que gera tensão política no país.

O governo de Yingluck deseja votar uma anistia completa para os atos de violência política desde 2005, que beneficiarias os dois lados e, em particular, seu irmão Thaksin, que foi condenado a dos anos de prisão por fraude financeira.

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