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Começa em Paris o julgamento de apelação de Carlos, o Chacal

O venezuelano é julgado por quatro atentados cometidos há 30 anos


	Sala do tribunal especial onde Carlos, o Chacal srá julgado, antes do início da audiência: "proibi meus advogados de aparecer para me defender", declarou Carlos 
 (Kenzo Tribouillard/AFP)

Sala do tribunal especial onde Carlos, o Chacal srá julgado, antes do início da audiência: "proibi meus advogados de aparecer para me defender", declarou Carlos  (Kenzo Tribouillard/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2013 às 10h09.

Paris - O julgamento de apelação do venezuelano Ilich Ramírez Sánchez, conhecido como Carlos, o Chacal, por quatro atentados cometidos há 30 anos, começou nesta segunda-feira em Paris sem a presença dos advogados de defesa, a pedido do réu.

"Proibi meus advogados de aparecer para me defender", declarou Carlos em francês no início da audiência no tribunal especial de apelação de Paris.

Os advogados franceses de Carlos, Isabelle Coutant-Peyre e Francis Vuillemin, e os advogados estrangeiros do venezuelano não compareceram ao tribunal.

"Não é contra o tribunal. Não tenho nenhuma intenção de sabotar o processo", explicou Carlos, que considera uma "sabotagem" a recusa das autoridades venezuelanas de assumir os gastos de sua defesa no julgamento, que deve prosseguir até 26 de junho.

Assim, pediu que sejam designados advogados de ofício para representá-lo e para o prosseguimento do processo.

"Estes advogados não conhecerão o caso, mas eu o conheço. Isto enfraquecerá um pouco a defesa, mas vamos nos arrumar", disse.

Os advogados designados pelo tribunal, no entanto, podem se recusar a defender o réu, o que provocaria o adiamento do julgamento.

Carlos é julgado em apelação por quatro atentados que deixaram 11 mortos e quase 150 feridos na França há 30 anos.

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