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Começa a última jornada das eleições locais no Chile

Trata-se das primeiras eleições municipais e regionais realizadas com o novo sistema de voto obrigatório

Bandeira do Chile (Jorisvo/Thinkstock)

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EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 27 de outubro de 2024 às 09h58.

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Os locais eleitorais para as eleições municipais e regionais no Chile voltaram a abrir suas portas neste domingo, após um primeiro dia de votação que transcorreu com normalidade e no qual mais de 46% do eleitorado votou.

"De um total de 15,4 milhões de eleitores, votaram em nível nacional um total de 7,2 milhões, o que equivale a 46,86% do total", disse na noite de sábado em coletiva de imprensa o presidente do Serviço Eleitoral (Servel), Andrés Tagle.

As eleições ocorrem em dois dias devido ao longo tempo necessário para a votação, dada a grande quantidade de cargos a serem escolhidos: 345 prefeitos, 16 governadores, 2.252 vereadores e 302 conselheiros regionais.

Trata-se das primeiras eleições municipais e regionais realizadas com o novo sistema de voto obrigatório, restabelecido em 2022 após dez anos de participação voluntária, e espera-se uma participação próxima de 80%.

As urnas, que foram vigiadas durante a noite pelas Forças Armadas e outros funcionários, estarão abertas até as 18h, horário local (21h GMT), e é esperado um longo processo de apuração.

As eleições ocorrem em um ambiente de grande tensão política, marcado pelo aumento da criminalidade e por diversos escândalos que envolvem tanto o governo quanto a oposição de direita.

"Tomara que as autoridades eleitas não sejam corruptas, façam bem o seu trabalho e ouçam mais o povo, independentemente da cor política", disse à EFE Ricardo Nolis, um jovem que foi votar no Estádio Nacional, no bairro de Ñuñoa, em Santiago, um dos maiores centros de votação do país.

Ao seu lado, seu amigo Sergio Campos afirmou à EFE que os casos de corrupção estão causando "desconfiança nas instituições" e "grande polarização na classe política".

O governo progressista de Gabriel Boric, composto por uma ampla coalizão que participa unida das eleições, testará nas urnas sua gestão da crise de segurança e da denúncia por suposta violação contra o ex-subsecretário do Interior Manuel Monsalve, até a semana passada um dos políticos mais bem avaliados, cuja renúncia abriu fissuras no governo.

A oposição, por sua vez, chega às eleições bastante fragmentada, e a direita tradicional do Chile Vamos, afetada por um grande esquema de tráfico de influência que atingiu até a Suprema Corte, tentará conter uma possível fuga de votos para o ultradireitista Partido Republicano.

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