Mundo

Começa evacuação de centenas de civis de Debaltsevo

A evacuação teve que ser atrasada devido aos ataques contra a cidade, que as milícias separatistas tentam cercar há mais de uma semana


	Mulher chora em Debaltsevo: milhares de pessoas já abandonaram a região
 (Gleb Garanich/Reuters)

Mulher chora em Debaltsevo: milhares de pessoas já abandonaram a região (Gleb Garanich/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2015 às 14h50.

Moscou - A evacuação de civis começou nesta sexta-feira na estratégica cidade de Debaltsevo, na Ucrânia, onde milhares de pessoas estão presas devido ao fogo cruzado entre ambos os lados.

Segundo a agência oficial "RIA Novosti", os ônibus já partiram do centro da cidade com dois destinos: Donetsk, capital regional e principal reduto dos rebeldes, e Slaviansk, cidade sob controle governamental.

Os separatistas fretaram 15 ônibus, que chegaram na cidade pouco depois do meio-dia procedentes de Uglegorsk escoltados por representantes da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), soldados da polícia separatista e jornalistas.

A evacuação teve que ser atrasada devido aos ataques contra a cidade, que as milícias separatistas tentam cercar há mais de uma semana.

"A transferência das pessoas para os ônibus está em andamento. Contudo, os ucranianos realizam ataques com morteiro, mas não contra o povo, ou seja, é simplesmente uma provocação", disse Eduard Basurin, subchefe do Estado-Maior da autoproclamada república popular de Donetsk.

Os estacionamentos habilitados para os ônibus estão sendo vigiados por soldados do exército ucraniano e da Guarda Nacional, enquanto nas diferentes entradas da cidade estão postados blindados do exército.

Nesta manhã, os separatistas anunciaram a abertura de um corredor humanitário para que a população civil possam deixar Debaltsevo, entroncamento entre as regiões de Donetsk e Lugansk.

Milhares de pessoas já abandonaram Debaltsevo, onde não há luz, água e calefação, mas a evacuação dos civis foi dificultada pelos incessantes bombardeios, que teriam matado um número indeterminado de pessoas.

Acompanhe tudo sobre:DiplomaciaUcrâniaViolência política

Mais de Mundo

Argentina registra décimo mês consecutivo de superávit primário em outubro

Biden e Xi participam da cúpula da Apec em meio à expectativa pela nova era Trump

Scholz fala com Putin após 2 anos e pede que negocie para acabar com a guerra

Zelensky diz que a guerra na Ucrânia 'terminará mais cedo' com Trump na Presidência dos EUA