Secretário Geral da OCI Ekmeleddin Ihsanoglu (e) com Ministro das Relações Exteriores Mohamed Amr (AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2013 às 11h04.
Cairo - A 12ª reunião de cúpula da Organização Islâmica de Cooperação (OCI), que reúne chefes de Estado e governo de 56 países islâmicos, começou nesta quarta-feira no Cairo sob o comando do presidente egípcio Mohamed Mursi.
Vários presidentes, entre eles os do Irã e da Turquia, participam na conferência, que tem como principais temas o conflito na Síria e a intervenção da França no Mali.
Já o presidente tunisiano, Moncel Marzouki, cancelou sua participação na cúpula porque um líder da oposição tunisiana, Chokri Belaid, foi assassinado a tiros na manhã desta quarta-feira na Tunísia, provocando protestos em todo o país e ataques a sedes do partido islamita no poder, o Ennahda, acusado do crime por pessoas próximas ao opositor.
A reunião deve, a princípio, defender um "diálogo sério entre a oposição síria e os representantes do governo dispostos a uma mudança política e não envolvidos na repressão", segundo um projeto de resolução ao qual a AFP teve acesso.
O projeto, elaborado pelos ministros das Relações Exteriores, reunidos desde segunda-feira no Cairo, considera que o "governo sírio é o principal responsável pela violência" que já provocou 60.000 mortes na Síria, mas não menciona a saída do presidente Bashar al-Assad como exige a oposição.
Na agenda do encontro estão ainda a colonização israelense nos territórios palestinos ocupados, a islamofobia no mundo e o destino da minoria muçulmana em Mianmar.
A princípio, a reunião deve validar a nomeação do saudita Iyad Madani como secretário-geral da OCI a partir de 2014 em substituição ao turco Ekmeleddin Ihsanoglu.