Kiev - Os combates entre as forças de Kiev e os separatistas pró-Rússia continuam no leste da Ucrânia a poucas horas de começar em Minsk as consultas entre os dois lados para debater um cessar-fogo dentro de um plano de paz.
Pelo menos cinco civis morreram e outros nove ficaram feridos nesta madrugada em Donetsk, capital da região homônima, atingidos pela artilharia a que a cidade está submetida há semanas.
Vários edifícios residenciais e um hospital infantil sofreram graves danos nas últimas horas, segundo as autoridades municipais.
Também em Donetsk, os milicianos continuam os ataques contra unidades do exército ucraniano que controlam desde maio o aeroporto internacional da cidade.
"Temos informação que ali também há mercenários estrangeiros. Nossas ofertas (aos militares ucranianos) para que se rendam foram rechaçadas", disseram fontes do Ministério da Defesa da autoproclamada república popular de Donetsk à agência "Interfax".
Na terceira frente aberta pelos rebeldes no litoral do mar de Azov, as milícias pró-russas avançaram nas últimas horas de Novoazovsk em direção a Mariupol, segunda cidade da região de Donetsk e capital provisória na qual se estabeleceram os órgãos de poder estaduais e regionais leais a Kiev.
A missão da OSCE na Ucrânia, em seu relatório publicado hoje, identificou combates a pouco mais de 20 quilômetros de Mariupol, junto de Shirokino e Bezimiannoe, onde várias casas foram danificadas por mais de meia centena de mísseis.
O comandante do batalhão de voluntários "Azov", Andrei Biletski, informou da destruição pelas milícias de uma fortificação levantada por seus homens nos arredores de Mariupol e de vários mortos entre os combatentes.
Enquanto isso, tudo está pronto em Minsk para a reunião do Grupo de Contato para a crise ucraniana - formado por Ucrânia, Rússia, OSCE e representantes dos rebeldes pró-Rússia, que pode terminar com a assinatura de um plano de paz e a declaração hoje mesmo de um cessar-fogo.
Pela primeira vez desde que explodiram as ações armadas no leste da Ucrânia, as autoridades de Kiev e os líderes das milícias pró-russas parecem dispostos a declarar um cessar-fogo durável a partir das 14h (horário ucraniano, 8h em Brasília).
"A Ucrânia está cansada de guerra e fará todo o possível para que a paz volte a nossa terra", disse ontem o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, que se mostrou disposto a ordenar ao seu Estado-Maior que declare a partir de hoje um cessar-fogo nas regiões de Donetsk e Lugansk.
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1. Velas e armas
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1/13 (Graham Denholm / Getty Images)
São Paulo – Na quinta-feira, o voo MH17 da Malaysian Airlines, que ia de Amsterdã para Kuala Lumpur, foi derrubado enquanto sobrevoava o céu do leste da Ucrânia. Desde então, o governo central ucraniano e a Rússia trocam acusações sobre quem foi responsável pelo míssil que atingiu o avião. Veja, a seguir, as fotos do desenrolar do conflito desde a queda do avião até este domingo.
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2. Pelo chão
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2/13 (Getty Images)
As bagagens e pertences pessoais das vítimas que estavam a bordo do Malaysia Airlines voo MH17 estão espalhadas por Grabovo, na Ucrânia. Segundo relatos de correspondentes internacionais, os destroços do avião estão espalhados a até 15 km do ponto central onde está a maior parte da fuselagem.
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3. Memória saqueada
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3/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
Dinheiro, joias, objetos pessoais e até cartões de créditos das 298 vítimas do voo MH17 da Malaysia Airlines, abatido por um míssil na Ucrânia, na sexta-feira, estão sendo saqueados. Militantes separatistas admitem que removeram objetos, além das caixas-pretas, do local do acidente.
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4. Sem destino
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4/13 (Brendan Hoffman / Getty Images)
Hoje, um vagão de trem refrigerado com parte dos corpos dos passageiros de Malaysia Airlines vôo MH17 aguarda na estação de trem para o transporte ruma a um destino ainda desconhecido. O vôo MH17 da Malaysia Airlines viajava de Amsterdã para Kuala Lumpur quando caiu matando todos os 298 a bordo, incluindo 80 crianças.
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5. Caixa-preta
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5/13 (Getty Images)
O governo da Ucrânia disse neste domingo que interceptou conversas telefônicas entre os rebeldes pró-russos e os militares russos. Os
rebeldes admitiram hoje podem estar com a caixa-preta e prometeram entregar caixas pretas do voo malaio à Organização da Aviação Civil Internacional.
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6. Represália Europeia
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6/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
De
acordo com o WSJ, os líderes europeus ameaçaram impor sanções mais duras contra a Rússia, em decorrência da queda do voo MH17, sem deixar ainda claro o que pode acontecer em represália. Os chanceleres da União Europeia se reunirão em Bruxelas nesta terça-feira para decidir o que fazer, mas há uma grande chance que ativos na Europa construídos por empresários russos, bem como as de empresas originárias do país, possam ser congelados.
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7. Maioria holandesa
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7/13 (Graham Denholm / Getty Images)
A maioria das 298 pessoas a bordo do voo MH 17 era de nacionalidade holandesa. Entre as vítimas havia 154 passageiros holandeses, 27 australianos, 23 malaios, onze indonésios, seis britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos e um canadense no voo. "As famílias querem enterrar seus parentes", declarou ministro do Exterior holandês, Frans Timmermans. Um grupo de 15 especialistas holandeses foi enviado ao local da tragédia para identificar os corpos.
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8. Domingo de homenagem
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8/13 (Christopher Furlong / Getty Images)
Velas em memória das vítimas foram acesas durante uma missa especial na Igreja de Saint Vitus em Hilversum, Holanda, nesta manhã. Três famílias da cidade morreram no acidente. Por todo o país o domingo foi marcado por homenagens às vitimas da tragédia, lembradas em cultos, eventos esportivos e oficiais e no aeroporto Schiphol de Amsterdã, de onde o avião partiu na última quinta-feira.
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9. Em busca da cura
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9/13 (Graham Denholm / Getty Images)
Um participante da 20ª Conferência Internacional de AIDS que acontece hoje em Melbourne, Austrália, amarra uma fita vermelha em homenagem daqueles que perderam suas vidas no voo MH17. Pelo menos seis enviados estavam no avião rumo ao encontro dos maiores especialistas em busca da cura para a doença.
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10. EUA diz que sabe
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10/13 (gett)
Os
Estados Unidos detectaram o lançamento de um míssil antiaéreo e observou sua trajetória na quinta-feira passada, quando o avião da Malaysia Airlines caiu, supostamente atingido, no leste da Ucrânia, afirmou neste domingo o secretário de Estado, John Kerry. O presidente Barack Obama já hava dito que tudo apontava para que o avião tivesse atingido por rebeldes pró-russos. 'Sabemos, com certeza, que durante o último mês houve um fluxo de armamento, um comboio de uns 150 veículos incluídos transporte de pessoal, lança mísseis, artilharia, da Rússia para o leste da Ucrânia', disse ele.
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11. Artigo editado
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11/13 (Getty Images)
O imbróglio da Ucrânia e Russia chegou à web. Primeiro, um computador de Kiev, capital da Ucrânia,
editou o artigo em russo para "acidentes de aviação comercial" colocando a culpa da queda em "terroristas da auto-proclamada República Popular de Donetsk com mísseis de sistema Buk, que os terroristas receberam da Federação Russa". Menos de uma hora depois, alguém com um endereço de IP russo mudou o texto para "o avião foi abatido por soldados ucranianos".
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12. Duas tragédias no ano
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12/13 (Maxim Zmeyev/Reuters)
Depois de ter um avião desaparecido nos ares em março, nesta quinta-feira, o Boeing 777 da companhia Malaysia Airlines com 295 passageiros a bordo caiu na região de Donetsk, no leste da Ucrânia, sem deixar sobreviventes. A
companhia já apresentava uma operação deficitária antes disso, suportada por verbas governamentais e que degringolava cada vez mais pela imagem afetada com a tragédia. Agora deve ter de enfrentar processos movidos por pessoas de vários países.
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13. Agora, veja quais são os exércitos mais poderosos
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13/13 (Bradley Rhen / US Army / Wikimedia Commons)