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Combates nas redondezas de Slaviansk matam 4 militares

Quatro soldados das forças de segurança leais a Kiev morreram e 30 ficaram feridos nas redondezas da cidade de Slaviansk

Homens armados pró-Rússia na Ucrânia: uma das vítimas foi atingida por um tiro disparado contra o ônibus blindado que transportava feridos (Baz Ratner/Reuters)

Homens armados pró-Rússia na Ucrânia: uma das vítimas foi atingida por um tiro disparado contra o ônibus blindado que transportava feridos (Baz Ratner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 10h42.

Kramatorsk - Quatro soldados das forças de segurança leais a Kiev morreram e 30 ficaram feridos nesta segunda-feira nas redondezas da cidade de Slaviansk, no leste da Ucrânia, em combates com milícias pró-Rússia, informou o Ministério do Interior ucraniano.

Uma das vítimas foi atingida por um tiro disparado contra o ônibus blindado que transportava feridos nos confrontos.

O ministro do Interior, Arsen Avakov, que estava em um dos postos de controle na entrada da cidade, já havia reconhecido que houve intensos combates e que as tropas ucranianas sofreram várias baixas.

Por sua vez, as milícias pró-Rússia que controlam o interior da cidade reconheceram ter tido "muitas baixas" nos combates com as forças ucranianas que se retomaram hoje na cidade de Slaviansk, reduto insurgente da região de Donetsk.

"Os combates continuam. Temos muitas baixas. Pode ser que até 20", assegurou um dos porta-vozes rebeldes à agência russa "Interfax".

O insurgente, que precisou que os mortos são milicianos, destacou que os rebeldes conseguiram "frear o avanço do inimigo nas imediações da cidade, mas com muitas dificuldades".

A televisão russa confirmou que as milícias pró-Rússia tinham sofrido várias baixas na cidade de Semionovka, nos arredores de Slaviansk, que se somaram a um número indeterminado de civis mortos.

Em declaração aos jornalistas em um dos postos de controle à entrada de Slaviansk, Avakov afirmou que a operação para neutralizar as milícias e retomar a cidade - que começou na sexta-feira passada - é lenta porque querem evitar vítimas civis.

"Nossas forças não atacam bairros habitados e estabeleceram o limite de não atacar onde há população civil", enfatizou.

"Estamos com os pés e as mãos atados, já que ao nosso redor há população pacífica. Alguns nos apoiam, outros não, não importa: os militares ucranianos não podem disparar contra a população pacífica", insistiu.

*Atualizada às 10h41 do dia 05/05/2014

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