Civis correm pelas ruas de Raqqa, na Síria: Raqqa é primeira capital de província a cair inteiramente nas mãos dos rebeldes e foi confiscada pelo grupo Isil, ligado à Al Qaeda (REUTERS/Nour Fourat)
Da Redação
Publicado em 6 de janeiro de 2014 às 15h29.
Beirute - Rebeldes sírios libertaram nesta segunda-feira ao menos 50 pessoas que estavam sendo mantidas em cativeiro por facção ligada à Al Qaeda após confrontos entre lados rivais terem se espalhado para áreas ao leste do país mantidas pela oposição, informaram ativistas.
O confronto entre rebeldes em Raqqa - região importante para o grupo ligado à Al Qaeda conhecido como Estado Islâmico no Iraque e o Levante (Isil, na sigla em inglês) - reflete o aumento dos combates entre facções em meio à guerra na Síria contra os extremistas radicais.
Uma coalizão de brigadas islâmicas iniciaram confrontos com as forças do Isil em Raqqa durante à noite e os combates continuaram nesta segunda-feira, afirmou Rami Abdurrahman, diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos.
De acordo com o Observatório, os rebeldes renderam o chefe local do Isil em Raqqa e libertaram ao menos 50 detentos em uma prisão próxima. Abdurrahman disse entre os libertos estão ativistas e combatentes presos por criticarem o Isil.
Raqqa é a primeira capital de província a cair inteiramente nas mãos dos rebeldes e foi confiscada pela Isil ano passado. Aburrahman estima que mais de mil pessoas estão detidas em prisões mantidas pelo grupo na província de Raqqa.
Ativistas disseram que outro grupo rebelde ligado à Al Qaeda, o Frente Nusra, participa da ofensiva contra o Isil em Raqqa, enquanto em outros lugares, o grupo afirma estar tentando mediar uma suspensão dos combates.
Rebeldes do grupo mais moderado, Frente Revolucionária - coalizão formada recentemente por brigadas de rebeldes alinhadas com a oposição síria exilada - reluta em abandonar sua ofensiva.
Em comunicado nesta segunda-feira, eles pediram que os combatentes do Isil deixem a Al Qaeda e se juntem a seu grupo. A Frente acusa o Isil de matar ao menos 400 de seus combatentes e de prender outros dois mil. Fonte: Associated Press.