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Combater corrupção não é tarefa simples, afirma diretora da CGU

Vânia Lúcia Ribeiro Vieira comemora a articulação entre os órgãos de combate como um "grande avanço"

Jorge Hage, ministro da Controladoria-Geral: CGU é quem vigia normas da ONU (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Jorge Hage, ministro da Controladoria-Geral: CGU é quem vigia normas da ONU (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 4 de agosto de 2011 às 14h56.

Brasília – Combater a corrupção no Brasil não é um trabalho simples, afirmou a diretora de Prevenção da Corrupção da Controladoria-Geral da União (CGU), Vânia Lúcia Ribeiro Vieira. Segundo ela, a controladoria tem atuado de forma bastante determinada para prevenir e combater a corrupção.

“O grande avanço que nós podemos registrar nessa área é a articulação entre os órgãos de combate à corrupção no Brasil. Hoje, existe efetivamente um trabalho conjunto entre CGU, PF [Polícia Federal], MPF [Ministério Público Federal], Receita Federal, TCU [Tribunal de Contas da União]. Estão efetivamente trabalhando juntos e, com isso, nós temos conseguido avançar e mostrar resultados”, afirmou a diretora.

Em dezembro de 2003, a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção foi assinada por diversos países na cidade de Mérida, no México, para fortalecer a cooperação internacional para ampliar a prevenção e o combate à corrupção no mundo todo. Em referência a essa data, foi instituído o Dia Internacional contra a Corrupção, no dia 9 de dezembro.

“O Dia Internacional de Combate à Corrupção foi criado por sugestão do Brasil. Foi feita com o objetivo de fazer as pessoas refletirem sobre os avanços e desafios do combate à corrupção e mobilizar governo, setor privado e sociedade civil para refletir”, disse Vânia.

No Brasil, é a CGU que acompanha a implementação da convenção e de outros compromissos internacionais assumidos pelo país, que tenham como objetivo a prevenção e o combate à corrupção. “Um trabalho importante é a promoção da transparência pública. Esse esforço de abrir as contas públicas do governo federal à sociedade é algo revolucionário.”

De acordo com a diretora, o Portal da Transparência da CGU foi considerado pela ONU como uma das cinco melhores práticas de combate à corrupção do mundo. “Quando você abre as contas públicas ao controle da sociedade, previne que problemas aconteçam. Não é à toa que o Brasil é considerado o nono país mais transparente do mundo.”

Para Vânia, o problema cultural é um dos grandes obstáculos a serem enfrentados. “Precisamos romper com essa tradição que alguns dizem que está enraizado na nossa cultura, do famoso jeitinho brasileiro. Como nós nos preocupamos em promover essa mudança cultural, acreditamos que podemos fazer isso pela educação. Para isso, nós temos investido em programas para crianças e adolescentes.”

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