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Combate na Síria deixa pelo menos 19 mortos

Líderes internacionais afirmaram ontem que o país pode estar à beira de uma guerra civil

Rebeldes armados na Síria (AFP)

Rebeldes armados na Síria (AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2012 às 13h01.

Brasília - Combates entre as forças sírias e rebeldes em diversos pontos do país provocaram hoje (2) a morte de pelo menos 19 pessoas, afirma o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que acusa ainda as tropas do governo de terem feito buscas a militantes contrários ao regime do presidente sírio, Bashar Al Assad.

Líderes internacionais afirmaram ontem (1º) que a Síria pode estar à beira de uma guerra civil, já que os esforços internacionais para colocar fim aos conflitos entre rebeldes e o governo não parecem dar resultado. Desde março do ano passado 13, 4 mil pessoas morreram, segundo o observatório.

Hoje, na abertura de uma reunião ministerial árabe sobre a Síria, o Catar pediu que o enviado especial da ONU para a Síria, Kofi Annan, defina um calendário para a missão de paz no país e pediu ao Conselho de Segurança da organização que recorra à Carta da ONU para permitir uma intervenção militar.

"Pedimos ao senhor Annan que defina um calendário para a sua missão porque é inaceitável que continuem os massacres e o derramamento de sangue enquanto a missão se prolonga indefinidamente", disse o primeiro-ministro do Catar, Hamad bin Jassim Al-Thani, na presença de Annan.

O secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, afirmou ter pedido à ONU para agir de forma a assegurar a proteção do povo sírio por conta da forte repressão contra o presidente Bashar al-Assad.

"Enviei uma carta ao Conselho de Segurança da ONU para pedir que faça todos os esforços para proteger o povo sírio", disse Arabi, pouco antes do início da reunião ministerial árabe.

Perguntado se a carta poderia pedir uma ação militar contra o regime de Assad, o responsável respondeu: "Não evoquei uma intervenção militar".

Presidida pelo Catar, a reunião têm a participação da Arábia Saudita, do Oman, do Egito, do Sudão, da Argélia, do Iraque e do Kuwait.

* Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa

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