Emissões de carbono aumentam o aquecimento global, mostrou o estudo (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2011 às 11h36.
Paris - Conter o aquecimento global abaixo dos 2°C requer reduzir as emissões de CO2 mas também generalizar as medidas de luta contra a contaminação do ar (ozônio e fuligem), de acordo com um estudo internacional apresentado nesta terça-feira.
Uma "ação rápida" contra essa contaminação, além de ser benéfica para a saúde, contribuirá para "limitar a curto prazo o aumento das temperaturas", destaca a pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente da Organização Metereológica Mundial.
O "carbono negro" - partículas presentes na fuligem e emitidas pelos veículos -, os incêndios florestais e certas instalações industriais, assim como o ozônio da troposfera (principal componente da poluição urbana) contribuem para o aquecimento global.
De todos os gases, o ozônio troposférico ou de baixa altitude, que se forma a partir de outros gases como o metano, é a terceira maior causa do efeito estufa, perdendo apenas para o dióxido de carbono (CO2) e o metano.
O estudo recomenda medidas como a recuperação do metano nos sistemas de carbono, gás e petróleo, empregando sistemas de combustão menos prejudiciais à atmosfera e a proibição da queima de produtos agrícolas a céu aberto.
Os cientistas chegaram à conclusão de que a combinação de medidas contra o "carbono negro", o metano e o CO2 aumenta as possibilidades de manter o aquecimento global abaixo dos 2°C, objetivo fixado pela comunidade interncaional.
O estudo foi apresentado em Bonn, na Alemanha, onde se realiza até sexta-feira uma reunião da Organização das Nações Unidas (ONU) de preparação para uma grande conferência sobre o clima, no final do ano, em Durban (África do Sul).