O navio Costa Concordia afunda: juiz afirmou que Schettino estaria autorizado a subir no navio "como acusado, e não como consultor" (Stringer/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2014 às 18h13.
O italiano Francesco Schettino, ex-comandante do navio Costa Concordia, voltou nesta terça-feira à ilha toscana do Giglio.
Esta é a primeira vez que Schettino volta ao local desde o naufrágio do navio, em 2012, quando 32 pessoas morreram.
O juiz que cuida do processo, Giovanni Puliatti, aceitou o pedido de Schettino para participar, na quinta-feira, de uma nova visita de especialistas à carcaça do navio de cruzeiro, que está a algumas dezenas de metros da costa.
O ex-comandante pegou um ferry para ir até a ilhota.
Procurado pela AFP, o advogado de Schettino, Domenico Pepe, afirmou desconhecer o que seu cliente faria durante sua estada em Giglio, que seria, de qualquer forma, marcada por "uma grande emoção". O prefeito da ilha, Sergio Ortelli, também disse não saber do que se tratava a visita.
Um primeiro grupo de peritos judiciais inspecionou o navio Costa Concordia em 23 de janeiro, quando foram encontrados dois computadores na ponte de comando. A inspeção desta quinta-feira permitirá examinar o gerador de emergência da embarcação.
O juiz afirmou que Schettino estaria autorizado a subir no navio "como acusado, e não como consultor". Assim, ele terá permissão para estar presente, mas não de intervir.
Na noite de 13 de janeiro de 2012, o Costa Concordia, que navegava muito perto da ilha do Giglio, chocou-se contra as rochas e encalhou a alguns metros do litoral, com 4.229 pessoas a bordo, das quais 3.200 eram turistas.