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Com votação antecipada massiva e histórica, Geórgia deve ter resultados de forma mais rápida

Até o momento, 56% dos 7,2 milhões de eleitores do estado já votaram

Elijah Nouvelage (Elijah Nouvelage/AFP)

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EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 5 de novembro de 2024 às 12h39.

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As urnas abriram nesta terça-feira na Geórgia, nos Estados Unidos, com os holofotes voltados para este decisivo estado-pêndulo, onde mais de 50% dos eleitores votaram antecipadamente e no qual a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump estão em um empate virtual na disputa para chegar à Casa Branca.

Devido ao elevado afluxo antecipado de eleitores, a Secretaria de Estado da Geórgia estima que quando as urnas fecharem, às 19h (horário local, 21h de Brasília), 70% dos boletins de voto estarão prontos para serem apurados.

Cerca de 3,8 milhões de pessoas votaram antecipadamente e outras 265 mil votaram em ausência, representando quase 56% dos 7,2 milhões de “eleitores ativos” da Geórgia, algo sem precedentes, segundo a mesma entidade.

Nos centros de votação, que abriram às 7h (5h), poderão votar os outros três milhões de eleitores.

Trata-se de uma jornada eleitoral para a qual não se antecipam longas filas e as autoridades ​​eleitorais garantem que será segura e transparente, algo que reiteram constantemente depois de Trump ter denunciado uma suposta fraude eleitoral no estado em 2020.

Com 16 delegados no Colégio Eleitoral, a Geórgia é um dos sete estados decisivos, juntamente com Nevada, Arizona, Wisconsin, Michigan, Pensilvânia e Carolina do Norte, considerados cruciais para as aspirações de ambos os candidatos à presidência.

Participação eleitoral histórica

“Todos os olhos estão novamente voltados para a Geórgia”, disse aos jornalistas o secretário de Estado Brad Raffensperger, que também destacou os esforços das autoridades estaduais para facilitar o direito de voto e prevenir quaisquer irregularidades.

Até agora, a votação tem sido marcada pela participação histórica, que superou as expectativas das próprias autoridades eleitorais e a marca de 2,7 milhões de pessoas que votaram antecipadamente nas eleições gerais de 2020, quando o atual presidente, Joe Biden, se tornou o primeiro democrata a vencer na Geórgia desde 1992, quando Bill Clinton o fez.

Biden venceu o que até então era um bastião republicano por uma diferença de 11.779 dos mais de 5 milhões de votos emitidos, o que lhe garantiu a vitória sobre Trump.

Neste ano, a participação eleitoral foi tal que 92 dos 159 condados da Geórgia, incluindo os mais populosos (Fulton, Gwinnett, Cobb e DeKalb), que fazem parte da área metropolitana de Atlanta, ultrapassaram os 50% de participação, algo que também é sem precedentes neste estado.

Em termos de demografia dos eleitores, os dados revelam uma maior participação no voto antecipado entre as mulheres e os grupos etários dos 50 a 70 anos e dos 18 a 24 anos.

A importância da Geórgia

Tal como há quatro anos, a Geórgia é considerada um dos maiores “troféus” desta disputa eleitoral e, na reta final da campanha, Kamala Harris e Trump fizeram inúmeras visitas ao estado e foram acompanhados por pesos pesados ​​da política ou estrelas da música, como Barack e Michelle Obama ou Bruce Springsteen.

"A Geórgia é um estado-chave para ambas as campanhas. Na maioria dos cenários, para obter a vitória necessária no Colégio Eleitoral, a campanha de Trump precisa absolutamente vencer na Geórgia", disse à Agência EFE Jerry González, diretor-executivo do Fundo de Impacto da Associação de Funcionários Latinos Eleitos da Geórgia (GALEO).

Para a campanha da candidata democrata, “seria bom vencer a Geórgia para lhe dar outras opções para alcançar 270 votos no Colégio Eleitoral e ganhar a presidência”, acrescentou González.

Segundo o diretor-executivo do fundo da GALEO, que cita o site de análise GeorgiaVotes.com, mais de 128 mil eleitores latinos, dos cerca de 400 mil registrados, já votaram durante o período de votação antecipada.

Os eleitores latinos faziam parte da coalizão de eleitores de minorias e jovens na Geórgia que deu a vitória a Biden nas eleições de 2020.

Processo republicano sobre as cédulas

Nos dias que antecederam as eleições, os chamados votos em ausência, que são enviados pelo correio, foram alvo de polêmica e de uma ação movida por republicanos que tentaram impedir a abertura das urnas no fim de semana para permitir que as cédulas fossem entregues pessoalmente.

Um juiz, porém, rejeitou a ação judicial, uma vez que, segundo a lei, os eleitores podem entregá-la até o fechamento das urnas, na noite do dia das eleições.

Em outra decisão, após uma ação judicial movida pela União Americana pelas Liberdades Civis e pelo Southern Poverty Law Center, a Suprema Corte da Geórgia determinou que as autoridades eleitorais só podem contar os votos em ausência recebidos antes das 19h do dia das eleições.

As organizações solicitaram que o prazo para contagem fosse prorrogado até 8 de novembro devido a atrasos no correio.

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