A secretária de Estado americana, Hillary Clinton: seu retorno ao trabalho nesta semana, previsto no último dia 28 por sua assessoria, será revisto (REUTERS/Mary F. Calvert)
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2012 às 05h26.
Washington - A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, foi internada ontem em um hospital de Nova York por causa de uma trombose na perna. Há três semanas, ela sofrera uma virose estomacal e um desmaio.
Seu retorno ao trabalho nesta semana, previsto no último dia 28 por sua assessoria, será revisto. Sua presença em Washington é esperada pelo Congresso, que pretende ouvi-la sobre o episódio do ataque ao consulado americano em Benghazi, na Líbia, em 11 de setembro passado.
De acordo com a rede de televisão CNN, os médicos do New York Presbyterian Hospital encontraram "algo incomum" nos exames de Hillary, referindo-se aos coágulos nas pernas, que provocaram a trombose.
Ela deverá permanecer internada por dois dias para permitir o monitoramento de sua condição de saúde e o tratamento com anticoagulantes, informou o subsecretário assistente de Estado, Philippe reines.
À CNN, Keith Black, neurocirurgião do Cedars Sinai Medical Group, de Los Angeles, explicou que a formação desses coágulos é comum nos casos de pessoas imobilizadas por algum tempo. Hillary vinha se recuperando do desmaio em casa, segundo o Departamento de Estado, mas continuava a trabalhar.
Os médicos a haviam recomendado descansar e evitar atividades extenuantes, bem como viagens ao exterior. Ela foi a principal ausência na cerimônia na Casa Branca do último dia 16, quando o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou seu substituto no Departamento de Estado.
O senador John Kerry assumirá o posto em 21 de janeiro, quando começa o segundo mandato de Obama.
No Congresso, Hillary terá de explicar sua responsabilidade, como chefe da diplomacia americana, pela falta de segurança apropriada no consulado de Benghazi.
Essa negligência foi verificada por uma auditoria independente. Logo depois do episódio, ela afirmou publicamente que assumia toda a responsabilidade.
No ataque, foram mortos o embaixador dos EUA na Líbia, Christopher Stevens, e três funcionários do Departamento de Estado.