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Com saída do Acordo de Paris, Obama lamenta ausência de liderança

Segundo Obama, mesmo sem os Estados Unidos, o acordo "ainda dará aos nossos filhos boas possibilidades"

Obama: "Claro que estou decepcionado com a decisão do atual governo de retirar-se de Paris" (Alessandro Garofalo/Reuters)

Obama: "Claro que estou decepcionado com a decisão do atual governo de retirar-se de Paris" (Alessandro Garofalo/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de junho de 2017 às 22h38.

Toronto - O ex-presidente Barack Obama lamentou nesta terça-feira a "ausência temporária de liderança" dos Estados Unidos em matéria de mudança climática e advertiu das ameaças mundiais à democracia, em um discurso em Montreal, no Canadá, onde se referiu à retirada do seu país do Acordo de Paris.

Obama falou perante mais de 6.000 pessoas que encheram o centro de convenções de Montreal sobre a situação no seu país, ainda que tenha evitado mencionar o nome do atual presidente, Donald Trump.

Ainda que tenha lamentado a decisão tomada pelos Estados Unidos na semana passada de retirar-se do Acordo de Paris, "o pacto mais ambicioso na história para lutar contra a mudança climática", o ex-presidente se mostrou otimista.

Segundo Obama, mesmo sem os Estados Unidos, o acordo "ainda dará aos nossos filhos boas possibilidades".

"Claro que estou decepcionado com a decisão do atual governo de retirar-se de Paris. Vamos ter que agir com mais urgência. Estou esperando que, de agora em diante, os Estados Unidos sejam líderes", ressaltou Obama.

Em outra parte de seu discurso, Obama lançou uma sutil crítica contra o seu sucessor ao afirmar que "enquanto a televisão e Twitter nos fornecem um fluxo constante de más notícias, e às vezes notícias falsas, pode parecer que a ordem internacional que criamos está sendo testada constantemente e o centro pode não resistir".

"A história também prova que há formas melhores. O Canadá prova isso, os Estados Unidos, a Europa, o Japão mostram que é possível superar os nossos medos e as nossas divisões", concluiu Obama.

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