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Com ordens executivas abrangentes, Trump testa controle local das escolas

Republicano busca expandir influência federal sobre a rede pública de ensino

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca em Washington, DC, em 30 de janeiro de 2025. (Foto de ROBERTO SCHMIDT / AFP) (Roberto Schmidt/AFP)

O presidente dos EUA, Donald Trump, fala com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca em Washington, DC, em 30 de janeiro de 2025. (Foto de ROBERTO SCHMIDT / AFP) (Roberto Schmidt/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 1 de fevereiro de 2025 às 13h46.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2025 às 13h47.

Com uma série de ordens executivas, o presidente dos EUA, Donald Trump, demonstrou que tem apetite para uma luta audaciosa para refazer a educação pública à imagem de seu movimento político populista "anti-woke". No entanto, em um país marcado pelo controle local das escolas, é provável que o esforço do republicano se depare com problemas legais, logísticos e de financiamento ao testar os limites do poder federal sobre o ensino fundamental e médio.

Na noite de quarta-feira (29), Trump assinou duas ordens executivas. Uma delas focada em raça, gênero e história americana. Ela procura impedir que as escolas reconheçam as identidades transgênero ou ensinem conceitos como racismo estrutural, “privilégio branco” e “preconceito inconsciente”, ameaçando seu financiamento federal.

A ordem também promove uma educação “patriótica” que retrata a fundação americana como “unificadora, inspiradora e enobrecedora”, ao mesmo tempo em que explica como os Estados Unidos “se aproximaram admiravelmente de seus nobres princípios ao longo de sua história”.

O segundo decreto orienta uma série de órgãos federais a procurar maneiras de expandir o acesso a vouchers de escolas particulares, um sistema de financiamento governamental que permite aos pais escolherem a escola que os seus filhos frequentarão.

Ambas as ordens ecoam a enérgica legislação conservadora nos estados. Nos últimos cinco anos, o número de crianças que usam o dinheiro do contribuinte para pagar os custos da educação particular ou da educação domiciliar dobrou, chegando a um milhão. Mais de 20 estados restringiram a forma como raça, gênero e história americana podem ser discutidos nas escolas. Além disso, alguns estados e conselhos escolares proibiram milhares de livros.

Não está claro o efeito real que as novas determinações federais podem ter em lugares onde as mudanças ainda não estão em andamento. Os estados e as localidades fornecem 90% do financiamento para a educação pública, com o poder exclusivo de definir currículos, testes, métodos de ensino e políticas de escolha de escolas.

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