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Com 82% dos votos, "não" segue vencendo referendo na Bolívia

52% dos eleitores disseram "não" à reforma da Constituição para permitir uma nova candidatura do presidente Evo Morales em 2019


	Evo Morales: O "sim" à reforma constitucional obteve até o momento 47,1% dos votos
 (David Mercado/Reuters)

Evo Morales: O "sim" à reforma constitucional obteve até o momento 47,1% dos votos (David Mercado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 15h46.

La Paz - O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) da Bolívia informou nesta terça-feira que 52% dos eleitores disseram "não" à reforma da Constituição para permitir uma nova candidatura do presidente Evo Morales em 2019, segundo a apuração oficial, que já contabilizou 82,75% dos votos.

Por sua vez, o "sim" à reforma constitucional obteve até o momento 47,1% dos votos, segundo informou a presidente do TSE, Katia Uriona, em entrevista coletiva na cidade sulina de Sucre, a capital constitucional da Bolívia.

Uriona detalhou que até o momento foram processadas 24.128 de 29.224 atas.

A presidente do órgão eleitoral também ratificou que no próximo dia 6 de março se repetirá a votação em 24 mesas na cidade de Santa Cruz.

As pesquisas de boca de urna divulgadas ao término do referendo constitucional também apontavam a vitória do "não" com uma porcentagem que oscilava entre 51% e 52,3%, frente ao 47,7% e 49% do "sim", mas o governo falou de "empate técnico" e pediu que se aguarde a divulgação dos resultados oficiais.

Mais de 6,5 milhões de bolivianos estavam convocados a votar no referendo que perguntou à população se aceita ou rejeita reformar um artigo da Constituição para ampliar de dois a três os mandatos presidenciais consecutivos permitidos, o que permitiria que Morales se apresentasse às eleições de 2019 na busca de um quarto mandato até 2025.

Morales iniciou sua primeira gestão em 2006, a segunda em 2010 e a terceira em 2015.

Embora a Constituição permita somente dois mandatos consecutivos, o governante pôde apresentar-se ao pleito de 2014 graças a uma decisão do Tribunal Constitucional que considerou que seu primeiro mandato (2006-2010) não conta porque o país foi refundado como Estado Plurinacional em 2009. EFE

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