Pés de maconha: as autoridades de Colorado esperam que gere 578 milhões de dólares por ano, incluindo 67 milhões em tributos para o Estado (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de janeiro de 2014 às 12h54.
Denver - Proprietários das primeiras lojas de maconha licenciadas para vender a droga para uso recreacional em Colorado, nos Estados Unidos, se ocupavam em preparar os cigarros e estocar a erva antes do início das vendas nesta quarta-feira, evento que marca um novo capítulo na cultura norte-americana relacionada a drogas.
Treze antigos dispensários médicos de maconha, liberados pelas autoridades para vender a droga para consumidores interessados em nada mais do que alterar o seu estado mental e de humor, devem começar a receber os clientes no início da manhã desta quarta-feira.
Ao iniciarem as suas atividades, eles estarão lançando um mercado de maconha sem precedentes, que as autoridades de Colorado esperam que gere 578 milhões de dólares por ano, incluindo 67 milhões em tributos para o Estado.
A posse, o plantio e o consumo recreacional privado e pessoal de maconha para adultos é legal no Colorado há mais de um ano, depois da aprovação num referendo.
No entanto, a partir do primeiro dia de 2014, a maconha será produzida e vendida ao público legalmente e recolherá impostos num sistema semelhante ao que muitos Estados dos EUA implementam para a venda de álcool, mas que nunca foi aplicado em nenhum lugar do mundo para a erva.
Os primeiros comerciantes em Denver e em algumas outras localidades, por conta da novidade, esperam ter uma demanda inicial alta dos consumidores.
"Esperamos ter 2 mil cigarros prontos quando abrirmos", disse Robin Hackett, 51, uma das comerciantes com negócio em Denver, que espera receber entre 800 e mil pessoas na sua loja no primeiro dia do ano.
Ela tem em estoque 23 quilos de maconha e vai limitar a quantidade que cada pessoa pode comprar nesta quarta-feira para evitar a falta do produto.
A maconha continua ilegal pela lei federal, mas o governo de Barack Obama tem dito que vai dar aos Estados a liberdade para ter os seus próprios estatutos para uso recreacional.