Ivan Duque, presidente da Colômbia: país financiará títulos verdes (Richard Bord/Getty Images)
Bloomberg
Publicado em 19 de outubro de 2021 às 14h13.
Última atualização em 19 de outubro de 2021 às 17h59.
Um mês depois do desempenho muito superior no mercado secundário de sua primeira emissão doméstica em meio ao apetite por ativos destinados a ajudar o meio ambiente, a Colômbia planeja uma nova venda de títulos verdes.
Em 27 de outubro, o país oferecerá pelo menos 650 bilhões de pesos (US$ 170 milhões) a mais dos títulos de 10 anos, disse o diretor de Crédito Público, César Arias, em entrevista. Dependendo da demanda, o governo pode vender até 975 bilhões de pesos dos títulos, que financiarão energias renováveis, gestão da água, transporte limpo e medidas para frear a mudança climática.
A Colômbia está à frente de países latino-americanos quando se trata de financiamento verde no mercado doméstico, tornando-se a primeira nação a aproveitar a crescente demanda internacional com a venda de dívida no mercado doméstico. Embora permaneça o ceticismo global sobre o nível de eficácia desses ativos para o incentivo de práticas verdes, os títulos deram um salto depois da emissão e agora rendem quase 20 pontos-base menos do que notas convencionais equivalentes, triplicando o chamado “greenium” em relação ao nível de quando estrearam.
Foi uma decisão fácil emitir mais títulos devido aos custos mais baixos para o governo e ao apelo para investidores estrangeiros com mandato para focar em questões ambientais, sociais e de governança, ou ESG na sigla em inglês, de acordo com Arias. Cerca de 45% da primeira emissão verde da Colômbia foi destinada a fundos estrangeiros, muito mais do que a participação internacional geral de 26%. Os títulos também são menos voláteis, ampliando seu apelo.
“Os títulos verdes têm três vantagens: custo, resiliência e diversificação”, disse Arias.