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Colômbia quer repetir eleições mais seguras de sua história

País destinará quase todos os seus militares e policiais para um dia no qual as guerrilhas prometeram não aparecer


	Eleitor vota durante o primeiro turno da eleição presidencial da Colombia, em Caloto
 (Jaime Saldarriaga/Reuters)

Eleitor vota durante o primeiro turno da eleição presidencial da Colombia, em Caloto (Jaime Saldarriaga/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2014 às 21h13.

Bogotá - A Colômbia pretende repetir neste domingo, no segundo turno das presidenciais, as eleições mais seguras de sua história e com esse objetivo destinará quase todos os militares e policiais do país para um dia no qual as guerrilhas prometeram não aparecer.

"Em março e maio, tivemos os processos mais seguros na história recente do país", disse nesta quinta-feira o ministro da Defesa colombiano, Juan Carlos Pinzón, em referência às eleições parlamentares e ao primeiro turno das presidenciais.

Em seu comparecimento perante a imprensa, Pinzón explicou o esquema de segurança desenhado para as eleições do domingo, chamado Plano Democracia, que inclui o desdobramento de 246 mil policiais e militares nos colégios eleitorais e outros 191 mil homens em seus trabalhos frequentes.

Nesta ocasião, o desdobramento da polícia cobrirá com presença física 99,94% das mesas do país, embora o ministro tenha prometido que o resto de postos de votação terá uma "cobertura de área".

Da mesma forma que ocorreu no primeiro turno de 25 de maio, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN), as duas guerrilhas do país imersas em diálogos de paz com o governo de Juan Manuel Santos, prometeram não interferir no processo eleitoral.

Naquela ocasião, ambos os grupos decretaram um cessar-fogo conjunto, o primeiro na história.

Agora, só as Farc repetirão a medida, mas o ELN também disse que não será visto nesse dia.

Se as Farc e o ELN cumprirem o compromisso de não interferir com ataques nem atentados no processo eleitoral do domingo, o sucesso do dia estará garantido.

"Este período eleitoral deu exemplo para a história e para o mundo", disse Pinzón.

Um fato que pode tumultuar o bom clima é o desaparecimento de Juan Carlos Santamaría, um dirigente do Centro Democrático, o movimento do ex-presidente Álvaro Uribe e do candidato opositor Óscar Iván Zuluaga, no departamento de Arauca, fronteira com a Venezuela.

Santamaría foi deputado em Arauca e candidato ao Congresso nas eleições parlamentares de março. Há algumas semanas, discutiu com Germán Vargas Lleras, o companheiro de chapa à vice-presidência do presidente Santos, que aspira à reeleição.

Embora a região tenha forte presença dos dois grupos guerrilheiros, as autoridades não se atreverem a assinalar os responsáveis, e se limitaram a citar as estranhas circunstâncias que rodeiam o desaparecimento do dirigente político.

"Os moradores da região não reportaram qualquer tipo de fato violento nem entrada de pessoas à força. Não há evidências de violência no desaparecimento desta pessoa", disse Andrés Villamizar, diretor da União Nacional de Proteção (UNP).

A venda de bebida alcoólica será proibida entre às 18h do sábado até às 6h da segunda-feira. Contudo, o ministro recomendou que os prefeitos aumentem o período da lei seca, levando em conta a estreia da Colômbia na Copa do Mundo.

A partida será no próximo sábado contra a Grécia. O porte de armas também não será permitido de 6h da sexta-feira até a próxima quarta-feira na mesma hora. No dia da votação estará proibida "toda classe de propaganda política".

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