Maria Ángela: "O investimento brasileiro é muito bem-vindo e compensa, em parte, o déficit' no comércio bilateral, pois 'gera emprego e riqueza na Colômbia" (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2011 às 20h01.
Brasília - A ministra das Relações Exteriores da Colômbia, María Ángela Holguín, disse nesta quarta-feira em Brasília que deseja captar mais investimento brasileiro para compensar o déficit que mantém no comércio com o país.
'O investimento brasileiro é muito bem-vindo e compensa, em parte, o déficit' no comércio bilateral, pois 'gera emprego e riqueza na Colômbia', declarou a chanceler ao lado do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
Segundo dados oficiais, o comércio entre ambos países somou no ano passado US$ 3,27 bilhões, com a balança inclinada a favor do Brasil em US$ 1 bilhão.
Atualmente, o Brasil acumula investimentos diretos na Colômbia no valor de US$ 775 milhões, quantia que María Ángela considerou que poderia aumentar ainda mais, pela condição de 'dobradiça' que seu país tem entre América do Sul e América Central e suas saídas diretas para o oceano Pacífico, Caribe e Estados Unidos.
'Isso representa um grande potencial para as empresas brasileiras que querem se instalar na Colômbia', destacou a ministra, ressaltando que o Governo do presidente Juan Manuel Santos também quer atrair mais turistas brasileiros.
Patriota concordou com María Ángela nesses objetivos e afirmou que o Governo está decidido a encorajar os empresários do setor privado a investir na Colômbia e a promover fóruns similares ao realizado no último mês de agosto em Bogotá, que reuniu representantes de 500 empresas de ambos países.
Os dois ministros participaram hoje de uma reunião de um grupo binacional criado em 2009, na qual foram abordados diferentes aspectos da ampla agenda de cooperação entre os países, que Patriota definiu como 'intensa' e 'prioritária' para o Brasil.
Durante a visita de María Ángela Holguín, também foram assinados acordos nas áreas de cooperação técnica, direitos humanos, educação, segurança alimentar, meio ambiente, agricultura e tecnologia.