Colômbia: Don Mario é requirido pela Corte de Nova York por narcotráfico (Thinkstock/Thinkstock)
EFE
Publicado em 23 de abril de 2018 às 11h24.
Bogotá - A Colômbia extraditou nesta segunda-feira o ex-chefe paramilitar Daniel Rendón Herrera, conhecido como "Don Mario", aos Estados Unidos, onde será julgado por diversos crimes relacionados com o narcotráfico, informou a polícia.
O antigo líder paramilitar foi entregue a funcionários da Agência Antidrogas dos Estados Unidos (DEA) e aos U.S. Marshals (corpo de delegados dos Estados Unidos), detalhou a polícia em comunicado.
O procedimento começou durante a madrugada e "Don Mario" foi levado ao Comando Aéreo de Transporte Militar (Catam) de Bogotá, desde onde voou aos Estados Unidos, informou o jornal "RCN".
Em 21 de março, o Ministério de Justiça confirmou a extradição de "Don Mario", que é requerido pela Corte do Distrito Leste de Nova York por acusação de "empresa ilícita ininterrupta" e especificamente por fatos de conspiração e tráfico de entorpecentes.
Em 24 de novembro de 2017, a Suprema Corte de Justiça deu via livre para a extradição de "Don Mario" aos Estados Unidos.
O alto tribunal considerou de maneira positiva a solicitação de extradição apresentada pelos Estados Unidos por ter enviado cocaína a esse país entre setembro de 2013 e dezembro de 2014.
Rendón se desmobilizou com o Bloco Élmer Cárdenas das paramilitares Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC) como parte da iniciativa que levou em 2006 a seu desarmamento dentro de um processo de paz.
Foi excluído do processo de "Justiça e paz" em 9 de setembro do ano passado depois de que um Tribunal de Bogotá deu a razão à Promotoria, que o acusou de seguir realizando atividades de narcotráfico depois de se desmobilizar.
Então, a Promotoria estabeleceu que "Don Mario" conformou um grupo criminoso que se autodenominava "Águilas Negras Héroes de Castaño".
"Don Mario" é irmão do também ex-paramilitar Fredy Rendón Herrera, conhecido como "Alemão", que está na prisão da Picaleña em Ibagué, centro da Colômbia.