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Colômbia e Peru criarão base dados para atender venezuelanos

Na Colômbia estão radicados cerca de 1 milhão de venezuelanos, enquanto no Peru são mais de 400 mil. No Brasil foram 17.865 solicitações de refúgio

Refugiados: Ideia é convidar os demais países que recebem venezuelanos para que se unam à iniciativa (Andres Rojas/Reuters)

Refugiados: Ideia é convidar os demais países que recebem venezuelanos para que se unam à iniciativa (Andres Rojas/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de agosto de 2018 às 21h45.

Bogotá - As autoridades migratórias da Colômbia e do Peru acertaram nesta terça-feira criar uma base conjunta de dados de venezuelanos que estão chegando a ambos os países para atender a situação.

"Na medida em que identificarmos a população, poderemos implementar mecanismos de incorporação regional", afirmou o diretor da Unidade Administrativa da Migração da Colômbia, Christian Krüger Sarmiento, ao término de uma reunião em Bogotá com autoridades do Peru, e a participação do Brasil, para expor formas de lidar com a chegada do grande número de venezuelanos que foge da crise no país.

Na reunião, na qual também participariam autoridades equatorianas, mas que não puderam chegar por problemas logísticos, Krüger concordou com o superintendente nacional de Migrações do Peru, Eduardo Sevilla, de que "a ideia é convidar os demais países" que recebem venezuelanos para que se unam à iniciativa.

"Queremos criar princípios básicos, ideias básicas para poder atender este fenômeno migratório de maneira regional (...) e um dos aspectos fundamentais é que as autoridades tenham informações de todas estas pessoas para que consigam organizar este fenômeno que está crescendo a cada dia", acrescentou.

Conforme informações já levantados, na Colômbia estão radicado cerca de 1 milhão de venezuelanos, enquanto no Peru são mais de 400 mil. No Brasil foram 17.865 solicitações de refúgio de venezuelanos em 2017, conforme dados do Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).

Sevilla afirmou que os dois dias de reuniões foram proveitosos e ressaltou que as equipes migratórias dos países já "estão em contato" para trabalhar na base de dados. O superintendente peruano explicou também que serão monitoradas "as entradas em cada fronteira, os deslocamentos e os números de saída", para que tudo esteja articulado.

Segundo ele, um dos problemas identificados é que existem venezuelanos que tentam, ao mesmo tempo, a Permissão Especial de Permanência da Colômbia (PEP) e a Permissão Temporária de Permanência do Peru (PTP).

"É muito importante que a Unidade Administrativa da Migração da Colômbia e a correspondente do Peru possam conhecer quantos deles vieram e escolheram os dois processos. A pessoa não pode ter um PEP na Colômbia e um PTP no Peru", disse.

Sevilla defendeu que a troca de informação é "valiosa".

"Ela não facilita apenas a correta e oportuna identificação do estrangeiro que está ingressando, mas também ajuda a montar um calendário para ações de outros setores", explicou.

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