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Colômbia diz que aviões de combate russos violaram espaço

Dois aviões cruzaram o espaço aéreo colombiano na sexta-feira, voando da Venezuela para a Nicarágua


	Juan Manuel Santos:"como são aviões militares e do governo, precisavam ter pedido permissão (...) pedimos que o Ministério das Relações Exteriores faça a respectiva notificação ao governo russo"
 (Cesar Carrion/AFP)

Juan Manuel Santos:"como são aviões militares e do governo, precisavam ter pedido permissão (...) pedimos que o Ministério das Relações Exteriores faça a respectiva notificação ao governo russo" (Cesar Carrion/AFP)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2013 às 07h59.

Bogotá - A Colômbia vai enviar uma carta de protesto à Rússia depois que dois aviões de combate russos entraram duas vezes no espaço aéreo da nação andina sem autorização quando voavam entre Venezuela e Nicarágua na semana passada, disse o presidente Juan Manuel Santos na terça-feira.

Santos disse que os dois aviões cruzaram o espaço aéreo colombiano na sexta-feira, voando da Venezuela para a Nicarágua. Eles voltaram a entrar em território colombiano na viagem de volta, mas voaram fora da zona quando interceptados por dois aviões militares da Colômbia.

"Como são aviões militares e do governo, precisavam ter pedido permissão, mas não o fizeram. Simplesmente pedimos que o Ministério das Relações Exteriores faça a respectiva notificação ao governo russo", disse Santos a repórteres depois de uma reunião do governo sobre questões de segurança.

Fontes militares disseram à Reuters que os aviões eram bombardeiros Tupolev Tu-160 de fabricação russa, e que voavam da cidade venezuelana costeira de Maiquetia para a capital da Nicarágua, Manágua. As fontes disseram que os bombardeiros entraram no espaço aéreo colombiano sobre o arquipélago de San Andres y Providencia, no mar caribenho.

No ano passado, o Tribunal de Justiça Internacional em Haia rejeitou uma reivindicação da Nicarágua sobre as ilhas colombianas no arquipélago, mas estendeu a zona econômica e plataforma continental da Nicarágua até águas próximas das ilhas, que são ricas em peixes e que podem ter grandes reservas de petróleo.

A Colômbia considerou o veredicto do tribunal como inaplicável e continua exercendo controle sobre as águas, aumentando tensão com a Nicarágua.

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