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Colômbia denunciará militarização na Venezuela perante a ONU

Santos expressou a "séria preocupação" pelo anúncio do presidente Maduro sobre um plano para expandir os membros da Milícia Bolivariana

Juan Manuel Santos: o novo pronunciamento de Santos segue outros de 11 governos da América Latina (Henry Romero/Reuters)

Juan Manuel Santos: o novo pronunciamento de Santos segue outros de 11 governos da América Latina (Henry Romero/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de abril de 2017 às 10h31.

Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse nesta quarta-feira que pediu à chanceler do país, María Ángela Holguín, que leve hoje perante a ONU a preocupação de seu Governo pela "militarização da sociedade venezuelana" anunciada pelo líder Nicolás Maduro.

"Solicitei à chanceler que peça hoje ao secretário-geral da ONU atenção com a preocupante militarização da sociedade venezuelana", escreveu o chefe de Estado em seu Twitter.

Holguín viajou na terça-feira a Nova York onde hoje se reunirá com as máximas autoridades das Nações Unidas, lideradas pelo secretário-geral, Antonio Guterres, para apresentar os avanços da missão do organismo internacional na aplicação do acordo de paz assinada com a guerrilha das FARC.

Colômbia e Venezuela compartilham uma fronteira terrestre de 2.219 quilômetros, razão pela qual a crise do país vizinho é seguida com atenção pelas autoridades de Bogotá.

Em uma primeira mensagem publicada na terça-feira, Santos expressou a "séria preocupação" pelo anúncio do presidente Maduro sobre um plano para expandir os membros da Milícia Bolivariana.

Maduro disse na segunda-feira passada em Caracas que aprovou um plano para expandir para 500 mil os membros da Milícia Bolivariana, armados com fuzis para que se desdobrem em todas as zonas de defesa integral do país.

O novo pronunciamento de Santos segue outros de 11 governos da América Latina que rejeitaram a morte de seis pessoas nos últimos protestos na Venezuela e pediram que seja evitada "qualquer ação de violência" na jornada de manifestações convocada para hoje.

Esse pronunciamento foi qualificado pelo Executivo venezuelano como uma "grosseira ingerência", ao mesmo tempo que apontou que os Governos dessas nações "violentam" as leis internacionais para respaldar um suposto "intervencionismo" desde o exterior e os acusou de apoiar a "violência" da oposição.

"A Venezuela rejeita grosseira ingerência de Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Paraguai Peru e Uruguai", disse na mesma segunda-feira a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez.

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