Soldados colombianos: FAC pediu que a Venezuela "exercesse precaução" para "evitar a violação do espaço aéreo colombiano" (REUTERS/John Vizcaino)
Da Redação
Publicado em 14 de setembro de 2015 às 16h29.
Bogotá - O comandante da Força Aérea Colombiana (FAC), general Carlos Bueno, denunciou nesta segunda-feira uma nova violação do espaço aéreo colombiano por uma aeronave militar venezuelana que entrou no domingo no departamento de Vichada, no leste do país.
A entrada do avião, o segundo incidente deste tipo em dois dias, foi registrada às 22h09 locais de domingo (0h09 desta segunda-feira em Brasília) na região de mata entre La Venturosa e Nueva Antioquia, "ingressando 10 quilômetros dentro do território colombiano", explicou o general Bueno em entrevista coletiva em Bogotá.
Dez minutos antes, os radares da FAC detectaram duas aeronaves militares na região de fronteira, mas ainda em território venezuelano, muito perto do espaço aéreo colombiano.
As autoridades militares colombianas avisaram sobre a proximidade ao governo da Venezuela, que afirmou "que estava exercendo controle do espaço aéreo" perante a presença de uma "possível aeronave ilegal que sobrevoava a área", explicou o general.
Em resposta, a FAC pediu que a Venezuela "exercesse precaução" para "evitar a violação do espaço aéreo colombiano", segundo acrescentou o oficial, e a Venezuela garantiu que "as aeronaves teriam precaução".
No entanto, minutos depois ocorreu a entrada de um dos aviões militares no espaço aéreo colombiano, "ingressando dez quilômetros", para posteriormente realizar "uma virada para sair do espaço nacional".
"A aeronave continuou seu voo em direção à área do estado de Apure (Venezuela), perdendo contato às 22h39 (locais, 0h39 de segunda-feira em Brasília)", acrescentou.
O comandante da FAC destacou que as autoridades venezuelanas explicaram, um minuto após o avião entrar na Colômbia, que a aeronave "foi obrigada a ingressar devido a condições adversas de meteorologia".
General Bueno lembrou que a Colômbia tem um acordo de cooperação com vários países vizinhos que "estabelece que quando houver condições meteorológicas adversas, é permitido fazer coordenações entre os centros de comando e controle de cada um dos países" em casos de "emergência aérea", para evitar "gerar alerta em algum dos dois países".
No entanto, a Colômbia não recebeu nenhuma solicitação por parte da Venezuela "que indicasse a situação de meteorologia adversa, diante da qual teria dado a respectiva autorização de acordo com o estabelecido no convênio".