Eleitores votam no Japão (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
EFE
Publicado em 21 de outubro de 2017 às 22h21.
Tóquio - Os colégios eleitorais para as eleições gerais no Japão abriram neste domingo (data local) suas portas às 7h, em um dia marcado por um forte tufão e no qual o partido do primeiro-ministro Shinzo Abe parte como claro favorito.
Mais de 106 milhões de japoneses foram chamados às urnas nestas eleições, convocadas no começo do mês de forma antecipada pelo premiê, que justificou a decisão pela necessidade de fortalecer o seu Governo para continuar implementando o seu programa econômico e perante a ameaça da Coreia do Norte.
Um total 1.180 candidatos de 15 partidos diferentes concorrem às 465 cadeiras da Câmara Baixa, controlada nos últimos cinco anos pelo Partido Liberal Democrata (PLD) de Abe e por seu parceiro de Governo, o budista Komeito.
As últimas pesquisas mostram que a legenda conservadora conseguirá igualar e inclusive aumentar a maioria obtida em 2014, quando revalidou sua ampla vitória de 2012, após três anos na oposição.
O partido de Abe obteve nas eleições legislativas anteriores 291 cadeiras e o seu parceiro de Governo, o Novo Komeito, 35, o que permitiu à atual coalizão governante dominar dois terços da Câmara.
Os analistas concordam em que o premiê convocou um ano antes do previsto estas eleições para aproveitar a fraqueza da oposição e a alta na sua abalada popularidade, graças à crise em relação aos mísseis do regime norte-coreano de Kim Jong-un.
Nestas eleições dois novos partidos, criados após a convocação das eleições no final de setembro, querem se converter na segunda maior força do país.
O Partido Constitucional Democrático de Japão (PCDJ), liderado por Yukio Edano, e que é uma cisão do extinto Partido Democrático (PD), que até agora liderava a oposição.
Além disso, concorre o Partido da Esperança, criado pela popular governadora de Tóquio, Yuriko Koike, com a mensagem de superar a velha política japonesa.
A chegada às principais ilhas do país do forte tufão Lan poderia ter um impacto negativo na participação, que segundo as pesquisas prévias parecia que ia aumentar com o surgimento de novos partidos.
Estes são as primeiras eleições nas quais os cidadãos de 18 e 19 anos poderão votar após a reforma da lei que estabelecia a idade legal de voto nos 20 anos.