Eleições: os membros do Colégio Eleitoral se reunirão nesta segunda-feira para oficializar a vitória eleitoral de Trump (foto/Getty Images)
EFE
Publicado em 16 de dezembro de 2016 às 21h51.
Washington - Os delegados do Colégio Eleitoral dos Estados Unidos, que na segunda-feira formalizarão a vitória do republicano Donald Trump nas eleições de novembro, não receberão um relatório de inteligência sobre os ataques cibernéticos russos antes desse trâmite, informou nesta sexta-feira a Direção Nacional de Inteligência (DNI).
Em comunicado, o diretor nacional de Inteligência, James Clapper, rejeitou o pedido de 10 delegados alinhados com a democrata Hillary Clinton para que tenham acesso à última informação sobre a tentativa russa de influenciar no pleito do 8 de novembro.
Clapper lhes enviou um relatório de 7 de outubro, um mês antes do pleito, nos quais já apontava com "confiança" que a Rússia estava tentando realizar ciberataques para interferir nas eleições.
Os delegados, uma minoria dos 538 que compõem o Colégio Eleitoral, pediram no início de mês em carta pública para que tivessem acesso à mais recente informação de inteligência sobre os vínculos de membros da campanha do presidente eleito Donald Trump e do governo russo para influenciar no resultado.
A DNI, a Agência Central de Inteligência (CIA), o Birô Federal de Investigação (FBI) e a Casa Branca consideram que o governo russo orquestrou operações de infiltração na comunicações do Partido Democrata e na campanha de Hillary para vazá-las e aumentar as possibilidades de Trump ganhar as eleições.
No dia 8 de novembro, Trump conquistou a maioria dos 538 membros do Colégio Eleitoral, que em última instância decidem quem será o novo presidente americano.
Ao impor-se em estados-chave em jogo, onde o peso demográfico e a competitividade eleitoral concede um maior número de delegados, Trump superou Hillary, apesar de a candidata democrata ter obtido três milhões de votos a mais em nível nacional.
Os membros do Colégio Eleitoral se reunirão nesta segunda-feira para oficializar a vitória eleitoral de Trump, que tomará posse de seu cargo no dia 20 de janeiro.