Mundo

Código de barras de ADN deve proteger espécies e alimentos

Cientistas do International Barcode of Life Project querem criar um banco de dados sobre todas as formas de vida

Código de barras de ADN podem ajudar no auxílio a espécie ameaçadas de extinção (Marcelo Zocchio/INFO)

Código de barras de ADN podem ajudar no auxílio a espécie ameaçadas de extinção (Marcelo Zocchio/INFO)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2010 às 14h11.

Toronto - Ele pode ser considerado como um sistema de classificação bibliográfica para todas as formas de vida na Terra.

Todas as espécies, das extintas às que ainda vivem, receberão um código de barra de ADN, em um esforço para melhor rastrear as espécies ameaçadas, bem como aquelas que são transportadas através de fronteiras internacionais em forma de alimentos ou bens de consumo.

Pesquisadores esperam que aparelhos portáteis possam um dia ler as fitas digitais contendo códigos de barras multicoloridos --mais ou menos como as leitoras de preços de supermercados fazem-- e assim identificar espécies por meio de testes in loco de tecidos, cujos resultados seriam comparados a um banco de dados digitalizado.

O International Barcode of Life Project (iBOL), que se define como a primeira biblioteca mundial de referência sobre códigos de barra de ADN, está sendo desenvolvido por cientistas que empregam fragmentos de ADN a fim de criar um banco de dados sobre todas as formas de vida.

"O que estamos tentando fazer é criar uma biblioteca mundial de códigos de barra de ADN que nos permita identificar espécies," disse Alex Smith, professor assistente de Ecologia Molecular no Biodiversity Institute of Ontario, parte da University of Guelph, a cerca de 95 quilômetros de Toronto.

Até o momento, os códigos de barra de ADN ajudaram a identificar a espécie de pássaro que forçou o pouso de emergência de um jato de passageiros no rio Hudson, em Nova York, no final de 2009.

Os pesquisadores também descobriram que um quarto dos filés de peixe vendidos na América do Norte são identificados erroneamente, depois de consultarem o banco de dados, que conta com códigos de barra de ADN para 7 mil espécies de peixes, o que permite aos cientistas identificar os filés mesmo que desprovidos de pele, escamas ou cabeças.

Para obter os códigos de barras, os cientistas utilizam uma seção curta de ADN extraída de uma região padronizada de tecido. Assim que o código de barras é criado, se torna parte da biblioteca de referência do iBOL e fica disponível para consulta pública no prazo de uma semana.

Acompanhe tudo sobre:AnimaisMeio ambiente

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru