Abu Bakr al-Baghdadi: autoridades sírias não confirmaram a suposta morte do líder do EI em um bombardeio (Divulgação/Reuters)
EFE
Publicado em 16 de junho de 2017 às 07h21.
Beirute - A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos "não pôde confirmar" o anúncio feito pela Rússia sobre a suposta morte, no final de maio, do líder do grupo terrorista Estado Islâmico (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, por um bombardeio russo perto da cidade Al Raqqa, na Síria.
"Não podemos confirmar esta informação neste momento", disse o coronel Joe Scrocca, diretor de Assuntos Públicos da coalizão, à Agência Efe.
A aliança internacional apoia as Forças da Síria Democrática (FSD), grupo liderado por milícias curdas, que desde novembro do ano passado, realiza uma ofensiva para expulsar o EI da província de Raqqa, feudo principal dos radicais no país árabe.
Os EUA também enviaram tropas das suas forças especiais para a Síria, com o objetivo de respaldar as operações terrestres das FSD.
O Ministério de Defesa da Rússia disse hoje que Al Baghdadi teria morrido no dia 28 do mês passado, em um ataque da aviação russa nos arredores de Raqqa.
"Segundo informações que recebemos por diversos canais, o líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, estava em uma reunião de chefes do EI atacada pela aviação russa e foi morto na ação dos aviões su-35 e su-34", disse o Ministério, através de um comunicado.
Moscou destacou que os militares americanos, que lideram a coalizão, foram informados pela Rússia antes da realização do ataque.
A Rússia é aliada do governo sírio, cujas forças avançaram na última semana pelo sudoeste da região de Raqqa.
Por sua vez, a principal milícia curdo-síria, as Unidades de Proteção do Povo (YPG), afirmou que não dispõe de informações sobre a suposta morte de Baghdadi.
"Não tenho informação e não quero fazer nenhum comentário", disse à Efe, por telefone, o porta-voz das YPG, Nuri Mahmoud, cuja milícia é o componente mais importante das FSD.
Por enquanto, as autoridades sírias não confirmaram a suposta morte do líder do EI em um bombardeio.